domingo, 29 de junho de 2014

O MUNDO É UMA BOLA

        O arredondado planeta terra, não chega a ser uma pelota futebolística, um pouco amassado nos polos gira e gira em torno dele mesmo e também em volta do  grandioso sol. A esse bailado, outros parceiros se juntam: satélites e planetas.
O mundo gira. Redondo mundo galaxialmente ovalado. Aqui em baixo a bola rola, quica, pula, é chutada  vai ao fundo da rede ou cai numa cesta furada.
Em mesas de sinuca, são arremessadas  dentro das caçapas.



 No golfe,  acolhidas em pequenos buracos espalhados por um lindo campo verde.
Levam raquetadas e são arremessadas violentamente por mãos ágeis num vai e vem frenético do ping pong.
Meninos  tecam as pequenas  de gude, redondinhas como a lua. -“marraio, feridor sou rei”, gritam os moleques durante as jogadas.
No beisebol, elas são arremessadas com força pelos rudes tacos de madeira, porém são acolhidas em luvas nas mãos dos pegadores.
         Na areia das praias que elas se sentem livres. Despem-se do couro marrom e sob a luz do sol, voam coloridas, tocadas pelas mãos dos bronzeados banhistas.
Nas piscinas são mais discretas e  infantis.
Há uma diferença entre as bolas que rolam dentro dos grandes estádios e arenas, em relação as que só rolam no “salão” ou quadras. Enquanto as primeiras são aplaudidas por  milhares de pessoas, e chutadas por pés milionários, as outras percorrem pequenos espaços e ainda não são tão valorizadas.
Porém, as injustiçadas estão nas várzeas. Sempre sujas de lama, são impiedosamente massacradas por pés descalços.
As que giram dentro de pequenos cestos gradeados vivem nos cassinos, além de serem perseguidas pela polícia, recebem números,  que as identificam quando  levadas para as delegacias. Pobres bolinhas coloridas, noites e noites trabalhando, para que os sortudos completem seus cartões antes, que tudo acabe num camburão.
As destruidoras se escondem em frias regiões, onde a neve cai e as temperaturas despencam a muitos graus abaixo de zero. Bolas de neve,  capazes de crescer em minutos, despencam montanha abaixo arrasando tudo que estiver em seu caminho, para depois se espatifarem em pequenos pedaços.
As elegantes correm entre as patas de belos cavalos  empurradas de um lado para o outro por cavaleiros distintos nas competições de polo. São  sofisticadas, diferentes das atléticas e molhadas, que passam horas dentro das piscinas nas disputas do polo aquático.
Vida  de bola é intrigante e agitada. Sempre indo de um lado para outro, não possuem estabilidade.
Vivendo num diferente mundo, encontramos as que não são redondas, apesar de serem consideradas bolas. Seu corpo sensualmente oval faz sucesso nos suntuosos estádios americanos. Endeusadas  por lindas mulheres usando uniformes coloridos levam a multidão ao delírio, quando atravessam o campo nos braços dos truculentos heróis.
Mas entre todas, rendemos a nossa homenagem àquelas que além de  alegrar nossos finais de semana e férias, cuidam da nossa saúde. Estão em hospitais,  clínicas e academias  sendo responsáveis pelo equilíbrio físico e mental de muitas pessoas, colaboram para a estética dos corpos humanos que  abraçados a elas, executam um balé de saúde.
          O mundo é uma bola, amassada nos polos, que gira e gira, gira e gira, gira e gira ...
                Edison Borba


Nenhum comentário:

Postar um comentário