segunda-feira, 23 de junho de 2014

METAS DOS TIROS

        Em tempo de Copa do Mundo, um vocabulário futebolístico invade o nosso dia a dia. Penalti, lateral, arremesso, falta, drible além de outros termos que caracteriza o mundo do futebol.
Alguns locutores vibram, gritam quase perdem o fôlego quando anunciam um gol, principalmente quando existe dúvida quanto ao respeito às regras. Um balaço contra as redes, um petardo violento bateu na defesa rival e foi direto para o fundo da rede, são observações ouvidas durante os confrontos entre as seleções rivais.
A bola recebe diversas denominações, como: redonda, rechonchuda, petardo e outros nomes criados conforme o local onde o jogo esteja sendo realizado.
Porém, qualquer que seja a partida, as seleções, os locutores, os juízes e bandeirinhas, os chutes e os tiros de bola, possuem sempre uma única meta, as redes.
Durante os 90 minutos de um jogo, os chutes, as boladas, as cabeçadas, as bicicletas e os tiros com as bolas, “repetindo para não esquecer”: possuem sempre uma única meta, as redes.
Porém, infelizmente, mesmo com a Copa acontecendo no Brasil, outros tiros, feitos com armas de verdade, continuam acontecendo. Dois mortos e três feridos foi o resultado de uma peleja entre traficantes e policiais.
Os confrontos aconteceram na noite deste último domingo, 22 de junho,  na Rua Joaquim Queiroz e no Beco do Desabamento, no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.
As balas, foram atiradas aleatoriamente, não havendo meta definida, fazendo vítimas, três jovens: Gabriel Ferreira e Lucas Lima morreram, outro jovem ficou apenas ferido. Outras balas, também sem meta atingiram dois policiais militares, um deles, o soldado Fábio Gomes da Silva.
Tiros de meta e meta dos tiros, uma comparação que não podemos deixar de fazer.
Confronto entre seleções de futebol, gostamos de assistir.
Tiros aleatórios, que ferem e matam pessoas, nos causam tristeza e dúvidas: até quando vamos presenciar?
A festa continua, o espetáculo não pode parar, os jogos continuarão a ser realizados, mas impossível não comentar os tiros sem meta, que se transformam em manchetes de jornal, como esta:
       Tiroteios deixam 2 mortos e 3 feridos no Complexo do Alemão (RJ), na noite de 22 de junho.
Edison Borba

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