Em tempo de Copa do Mundo, um
vocabulário futebolístico invade o nosso dia a dia. Penalti, lateral, arremesso,
falta, drible além de outros termos que caracteriza o mundo do futebol.
Alguns locutores vibram, gritam quase
perdem o fôlego quando anunciam um gol, principalmente quando existe dúvida
quanto ao respeito às regras. Um balaço contra as redes, um petardo violento
bateu na defesa rival e foi direto para o fundo da rede, são observações
ouvidas durante os confrontos entre as seleções rivais.
A bola recebe diversas denominações,
como: redonda, rechonchuda, petardo e outros nomes criados conforme o local
onde o jogo esteja sendo realizado.
Porém, qualquer que seja a partida, as
seleções, os locutores, os juízes e bandeirinhas, os chutes e os tiros de bola,
possuem sempre uma única meta, as redes.
Durante os 90 minutos de um jogo, os
chutes, as boladas, as cabeçadas, as bicicletas e os tiros com as bolas, “repetindo
para não esquecer”: possuem sempre uma única meta, as redes.
Porém, infelizmente, mesmo com a Copa
acontecendo no Brasil, outros tiros, feitos com armas de verdade, continuam
acontecendo. Dois mortos e três feridos foi o resultado de uma peleja entre
traficantes e policiais.
Os confrontos aconteceram na noite
deste último domingo, 22 de junho, na
Rua Joaquim Queiroz e no Beco do Desabamento, no Complexo do Alemão, Rio de
Janeiro.
As balas, foram atiradas
aleatoriamente, não havendo meta definida, fazendo vítimas, três jovens:
Gabriel Ferreira e Lucas Lima morreram, outro jovem ficou apenas ferido. Outras
balas, também sem meta atingiram dois policiais militares, um deles, o soldado
Fábio Gomes da Silva.
Tiros de meta e meta dos tiros, uma
comparação que não podemos deixar de fazer.
Confronto entre seleções de futebol,
gostamos de assistir.
Tiros aleatórios, que ferem e matam
pessoas, nos causam tristeza e dúvidas: até quando vamos presenciar?
A festa continua, o espetáculo não
pode parar, os jogos continuarão a ser realizados, mas impossível não comentar
os tiros sem meta, que se transformam em manchetes de jornal, como esta:
Tiroteios deixam
2 mortos e 3 feridos no Complexo do Alemão (RJ), na noite de 22 de junho.
Edison Borba
Edison Borba
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