sexta-feira, 13 de junho de 2014

AS MALAS E OS CRIMES

        As malas são objetos que exercem fascínio sobre os assassinos. Diversos crimes foram cometidos e os restos mortais das vítimas, colocados dentro delas,  possivelmente, numa visão Freudiana:  malas significam viagem, o que estabelece uma relação com a morte. Na cabeça de um assassino, deve florescer a seguinte sequência: matar, embalar e viajar.
Em 1908, Michel Trad assassinou seu sócio, chamado Elias Farah e ocultou o cadáver em uma mala. A motivação do crime nunca foi completamente resolvida, porém surgiu a suspeita de traição. A mulher de Michel teria tido um caso com Elias, o que teria motivado o crime.
Em 1928, no apartamento número 5, do terceiro andar do prédio 34, na Rua da Conceição, cidade de Santos, em São Paulo, Giuseppe Pistone, assassinou sua esposa Maria Fea, e ocultou seu corpo em uma mala.

Nestes dois crimes, os assassinos tentaram despachar as malas contendo os restos mortais de suas vítimas, o que correlaciona a questão da mala com viagem.
Em novembro de 2008, o corpo de uma menina de 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala abandonada na rodoferroviária de Curitiba. A polícia descobriu se tratar de Rachel Maria Lobo Oliveira Onofre, de 9 anos, que estava desaparecida.
Em novembro de 2013, o corpo de uma mulher grávida de gêmeos, foi encontrado na Zona Norte de São Paulo, dentro de uma mala. A polícia descobriu tratar-se de Valdineia Preszaniuk, de 21 anos. A mala com o seu corpo foi achada em  Itupeva, São Paulo.
Em abril de 2014, mais uma vez, a mala foi usada para esconder o corpo de uma vítima de assassinato. Hellen Catarina Rodrigues Pereira de 28 anos foi estrangulada com um fio elétrico e seu corpo colocado dentro de uma mala, encontrada em Cidade Tiradentes.
Junho de 2014, mais uma vez, a mala volta às manchetes policiais, desta vez por abrigar o corpo de Jezi Lopes de Souza, 63 anos, zelador de um prédio na Zona Norte de São Paulo. São apontados como assassinos um casal, que já teria cometido outros crimes, mas usaram nenhuma “mala”.
As malas, e os crimes levaram ao mestre do suspense, Alfred Hitchcock, usá-las para que o assassino do filme “Janela Indiscreta”, pudesse espalhar os pedaços do corpo de sua mulher, pela cidade. Porém, um curioso  fotógrafo  vivido por James Stuart, descobriu o crime, e ainda salvou a bela Grace Kelly, das mãos do terrível malvado.
Todas as vezes que estou num aeroporto ou numa rodoviária, vendo malas ir e vir,  imagino se dentro de alguma, não estará um corpo, sendo enviado para viajar por algum assassino psicopata.  
Edison Borba
 
 

 

 

 

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