terça-feira, 10 de junho de 2014

REFLEXÕES EDUCACIONAIS (Política Educacional?)

Educação aparece sempre na agenda dos políticos e das políticas públicas, como prioridade. Discursos inflamados são proferidos, analisando a desigualdade existente no país. Fala-se em curto prazo, longo prazo e solução imediata. Projetos são criados, verbas liberadas, metodologias revistas e continuamos perdidos. Greves, reposição de aulas, revisão salarial, perdas financeiras, conteúdo defasado, professores revoltados e alunos desanimados. Computadores, data show, laboratórios de informática, dinheiro gasto, material distribuído e muita insatisfação.
Nossa população ainda sofre com o deficiente domínio da escrita e da leitura. Apesar dos avanços observados nos últimos anos e da boa vontade de muitos brasileiros o nosso crescimento ainda é desigual. Mão de obra sem qualificação, empresas insatisfeitas e despreparo nos dois lados (empresários e funcionários). Ineficiência no preparo de jovens para atenderem as necessidades de uma era cada vez mais necessitada de pessoas capazes de atitudes inovadoras, ainda é um problema nacional.
Como preparar nossa população para absorver em tão pouco tempo, uma estrondosa explosão de informações?
Como satisfazer as necessidades de aprendizagem exigidas pelo século vinte e um? Acordamos e nos deparamos com mais e mais novidades. A variedade de caminhos é um grande desafio para os projetos educacionais. As funções intelectuais e manuais precisam ser estimuladas. Códigos precisam ser decifrados rapidamente. Incorporar novas atitudes e conseguir mais variabilidade nas respostas é uma das condições para um processo educativo de qualidade. Preparar para a liberdade de fazer escolhas com responsabilidade e ética, é um dos mais importantes trabalhos das nossas escolas e de seus profissionais, além da formação de competências sociais, iniciativa, liderança, autonomia profissional e habilidade na comunicação.
É preciso resgatar para as escolas a sua verdadeira função: ensinar. Portanto, melhorar as condições da educação implica em mudanças políticas. Não aos discursos! Precisamos de ações corajosas de cidadãos que coloquem a educação brasileira acima de suas vaidades.
Edison Borba

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