sábado, 3 de dezembro de 2016

PEQUENINOS” (??) ATOS DE PRECONCEITO

 
 
Em nosso dia a dia, nos habituamos a ouvir e até mesmo deixar sair
de nossa boca, pequeninos (grandes) atos de preconceito. Observações como: ela é quase da família. Ao se referir a uma empregada doméstica que já trabalha há muitos anos em nossa casa.
Tem coisa mais preconceituosa do que ser “quase”?
Existe uma outra observação digna de nota, como “ela é tão bonitinha, mas é gordinha”. ...

Aliás temos que ter cuidado com o uso do diminutivo, que pode servir para humilhar e segregar.
Fiz um curso, no qual uma colega fazia questão de nos afirmar e informar que ela não tinha preconceito com nada e nem com ninguém. Pasmem, ela tinha ATÉ amigos gays! Sem palavras!
E as religiões? Só invocando Deus, para silenciar as línguas que profanam com observações maledicentes às crenças que não são as suas.
E assim, devagarinho com o coração cheio de “carinho”, vamos divulgando, mais e mais, o preconceito que habita em nós. Esse tipo de situação chega a ser mais cruel do que aquela que é visível, clara e direta que nos permite chamar a polícia, invocar as Leis e punir quem ainda se “acha”acima de todos e de tudo.
Portanto, precisamos ter cautela com o que pensamos e verbalizamos, os “pequeninos” atos preconceituosos, que são raízes que se aprofundam, crescem como árvores, dão frutos e sementes que continuam a perpetuar atos tão infames.
Lamentável!
Edison Borba

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