terça-feira, 1 de abril de 2014

ABUNDA BUNDA NO BRASIL!

MANCHETE!

“O governo brasileiro ficou incomodado com reportagem da revista online “Fifa Weakly'' sobre o Brasil por mostrar bundas de garotas de biquinis . Por isso, houve um contato com a federação internacional que se prontificou a tirar o material do ar, o que já aconteceu. Antes disso, a entidade não via nenhum problema na matéria. A revista apresenta uma matéria com o nome “Brasil para iniciantes'' com dicas sobre o país. Entre outros itens, o texto diz que brasileiros não são pontuais, não respeitam filas e atrasam até estádios. A foto que ilustra a reportagem mostra as bundas de duas mulheres de biquinis em praia do Rio de Janeiro. Elas assistem a uma partida de futebol”.
Há um antigo ditado popular, que minha avó, Dona Emerenciana gostava de repetir: “faz fama e deita na cama!” foi isso que aconteceu com o nosso país, que há anos distribui bundas para todo o mundo. Nossos cartões postais, até poucos anos, eram ilustrados por mulheres de biquíni. Fotos nas praias, ruas, shoppings em qualquer lugar ou ambiente os fotógrafos conseguiam inserir uma bunda.
Nossos cartões postais serviam como propaganda para um comércio sexual, que envolvia até crianças. O nosso carnaval, ainda é a apoteose “bumbástica”. Bundas de todos os tamanhos, cores, siliconadas, caídas, empinadas, estriadas, desnutridas e muitas outras de diversos tipos e  gêneros, eram e ainda são exibidas para todo o mundo. Dessa forma, fica difícil mudar conceitos. Como dizia a vovó, fez a cama e agora tá deitado na cama.
Nosso país é desrespeitado em tudo por todos em todos os ângulos, muitos turistas quando compram as passagens para a terra brasileira, trazem a falsa ideia de que aqui tudo pode, tudo é  permitido tudo é nada, ninguém é de ninguém.
É triste para nós, que sabemos das dificuldades que temos. Das lutas que travamos. Dos sonhos que tentamos realizar. Da qualidade dos nossos serviços e da nossa produção braçal e intelectual.
Mas, como cantou Rita Lee, nem toda feiticeira é corcunda e nem toda brasileira é bunda. Porém, como mudar esse conceito? Talvez um maciço processo  educativo de valorização do brasileiro, feminino e masculino, do respeito ao corpo, da ética comportamental,  e da identidade que cada um deve ter com seu país.

Sou brasileiro, sou um cartão de visitas do meu país, sou um cartão postal desta terra, minha foto representa meu povo. Questões difíceis, numa pátria em que faltam heróis e heroínas para nossos jovens se espelharem. Estamos vivendo momentos em que o corpo é moeda de venda e compra. Bunda é status. Minha bunda pode fazer-me popular. Posso ficar rico através da bunda que tenho. Silicones, academias, aulas de dança, poses, exercícios para tornar os glúteos salientes e provocantes, vivemos a era da “bundamania”.
As crianças brasileiras crescem de olho no espelho para saber como será seu futuro. Escolas, estudos, pesquisas, leituras perderam a importância para os “books” e poses provocantes, que poderão transformar qualquer um numa celebridade.
Leis proibindo que os estrangeiros nos respeitem, devem ser feitas, mas o processo deve vir de dentro para fora. Enquanto  não nos respeitarmos mutuamente, enquanto vivermos na terra da maravilha, onde a lei de Gerson prevalece,  fica difícil exigir o respeito dos estrangeiros.
Teremos dois eventos mundiais, a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, e sabemos de antemão que grande número de turistas não virão interessados nos jogos e nem nas competições e sim na abundância das bundas brasileiras.
Lastimável!
Edison Borba
 

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