Apesar da implantação das UPPS, a
violência continua a desafiar autoridades e polícia. Traficantes fortemente armados
continuam a ditar regras e a causar problemas para a sociedade.
Diariamente nos telejornais, nos
noticiários radiofônicos e nos textos de jornais encontramos esse tipo de
observação: “a vítima não resistiu e morreu”. Fica para o leitor e ouvinte a
sensação de que o ferido, propositalmente, teimou em não resistir, e ao morrer
prejudicou o bandido. Não resistir é uma obrigação da vítima, o ferido tem a
obrigação de lutar para se manter vivo, e não criar mais problemas para os
meliantes.
Dona Dalva, foi mais uma teimosa vítima
que ousou morrer. Ela deveria ter resistido para não complicar a vida dos
traficantes.
E desta forma, vão se acumulando nas
reportagens jornalísticas a lista dos que não resistiram.
Sugiro aos jornalistas que ao
relatarem um crime, dispensem o “não resistiu” e usem: “a vítima morreu!” Dessa
forma, fica mais claro entender que o “assassino” é verdadeiro culpado e ponto final!
Dona Dalva não resistiu porque
deveria ter ficado dentro de casa.
Dona Dalva não resistiu porque teve a
ousadia de tentar proteger o neto.
Dona Dalva não resistiu porque
imaginou ter o seu direito de ir e vir garantido
Dona Dalva não resistiu porque seu
organismo resolveu parar de funcionar.
Declaramos Dona Dalva culpada, por
ousar viver livre numa cidade aprisionada por bandidos e traficantes. Culpada
por ser brasileira e trabalhadora. Culpada por ser honesta. Culpada por acreditar que tinha o seu
direito de ir e vir garantido pela polícia e justiça do país. Dona Dalva é culpada
por ter vivido 40 anos naquela comunidade e por se manter casada com o Senhor Francisco
por mais de 50 anos.
Dona Dalva é culpada como todos os
brasileiros que teimam em sobreviver num país de desigualdades sociais e onde
as regras democráticas se inverteram e a população está prestes a agir como
Dona Dalva, não resistir e sumir.
Assim é demais!
Edison Borba
Lamentamos diariamente perdas com a da Dona Dalva - símbolo de resistência daqueles que, como eu, não conseguem mais suportar a falta de humanidade dos homens.
ResponderExcluirLamentamos minuto por minuto as dores do mundo. Mães, avós, pais, irmãos que perdem seus entes queridos para os algozes do século XXI: o tráfico, a polícia e a política.
Lamentamos a cada segundo por perdermos nossos direitos fundamentais: a liberdade e a dignidade.
Lamentamos apenas lamentar. Aguardamos um governo justo, uma cidade pacífica e um mundo mais humano.
NÃO PODEMOS VIVER LAMENTANDO POR TAL ATOS COMETIDOS NAS " UPPS" , PRECISAMOS FAZER ALGO A MAIS, COBRAR COM MAIS RIGOR AS AUTORIDADFES QUE FIZERAM COM QUE O QUE ERA ZONA JÁ RESOLVIDA CHEGASSE A ESSE PONTO, POIS NÃO FOI DADO SUPORTE SUFICIENTE E COLOCOU SOLDADOS DESPREPARADOS, FORMADOS A POUCO TEMPO E SEM CONDIÇÕES DE DAR SUPORTE A SUA ALTURA , POIS NÃO É SÓ DE CURSINHOS QUE SE VIVE , ESQUECERAM DE DAR AULAS PRÁTICAS, DE TER HORAS DE TREINAMENTO ESFORÇADO E OUTRA NÃO DEIXAR DE REMUNERAR A ALTURA , POIS A FACILIDADE NO CONVÍVIO COM O TRAFICANTE FAZ COM QUE MUITOS CABEÇAS FRACAS PASSEM PARA O OUTRO LADO , APENAS PARA TER GANHO FINACEIRO MAIOR QUE O PREVISTO QUANDO ELE FEZ COMCURSO E SABIA DO QUANTO IRIA GANHAR, LOGO COM A FACILIDADE NESSAS " UPPS " ESTÃO SURGINDO AS " M´LICIAS " QUE SÃO PROFISSIONAIS MAL FORMADOS E COM GANÂNCIA DE PROVENTOS SUPERIORES AO TETO DA CATEGORIA.
ResponderExcluirLUIZ MAYNART CORRÊA.