quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A MATEMÁTICA NA ARTE

Após o resultado dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, ficamos refletindo: como analisar a arte numericamente. Sem dúvida, existem acontecimentos durante um desfile, que interfere no trabalho artístico: um carro alegórico que não funciona, um passista que tropeça durante o desfile, uma fantasia rasgada e outros pequenos “grandes” problemas que interferem na pintura do belo quadro apresentado pelos carnavalescos.

Porém, quando a pintura é de boa qualidade e a orquestra mantém a sinfonia de forma harmoniosa, a pontuação fica muito difícil de ser aplicada. É algo parecido como avaliar um quadro de Monet, Picasso, Djanira, Matisse ou outro pintor cuja arte é tão bela que não há parâmetros para ser julgada. Ouvir Beethoven, Tchaikovsky, Villa Lobos, Bach ou Pixinguinha e tentar estabelecer em números o valor de cada um desses grandes artistas, é impensável!

Portanto: 269,8 ou 269,7  - este pequeno desvio matemático, no total da obra perde a sua importância. Mangueira, Tijuca e Portela estiveram no mesmo plano artístico. Suas pinturas, danças e harmonias musicais, estão estabelecidas num mesmo patamar estabelecido pelo número inteiro – 269. O décimo, este décimo, é melhor deixar de lado, abandonar, deixar rolar.

Vamos festejar a beleza de três grandes espetáculos oferecidos pela Mangueira, Tijuca e Portela. A elas o troféu da vitória!

Edison Borba

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