No
silêncio do meu quarto fecho os olhos e mergulho na minha escuridão
Como
um cego eu tento alcançar o mais profundo do meu eu
Mantenho
as luzes apagadas e os olhos cerrados para ter certeza de estar imerso
no total escuro
Trêmulo,
penso em não continuar por medo
Sinto
que não vou gostar do que eu vou encontrar
Quem
sou verdadeiramente?
Sempre vivi nas superfícies
Nunca
mergulhei numa paixão e muito menos em um amor
Optei
por caminhar sozinho, para não me ferir, não me magoar, não sentir
dor
Luzes
apagadas!
Não vejo o caminho que não quero seguir
Trêmulo
penso em parar, sinto que não pertenço a nenhum lugar
Sei
que vou me ferir, vou me machucar, vou sangrar
Como
posso me importar em machucar a pele, quando a minha alma dilacerada
está
Estúpido
sou, em apagar as luzes, quando estou contagiado, entediado e
deprimido
Ironia,
pura ironia apagar as luzes e fechar os olhos, numa infantil atitude
Que
não mais me ilude! Estou perdido, sozinho num caminho sem flores
Porque
só cultivei espinhos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário