Sábado, 21 de março de 2020! Uma fina chuva cai sobre a cidade, que apesar do horário, parece que ainda dorme. Há um silêncio, uma calmaria, porém não se vislumbra a paz. Centenas de pessoas estão sitiadas em seus lares, sem grandes perspectivas para um final de semana. As crianças talvez, não sintam com tanta dor o isolamento. Porém, os adultos, estão sendo obrigados a conviverem sem os seus brinquedos. Não para a academia! Não para a praia! Não para o cinema e o teatro! Não para a igreja e reunião com amigos! O barzinho? Nem pensar! Ir às compras, só às pressas e passear, impossível! Nossos brinquedos estão proibidos e no lugar deles a dor da solidão particular, que sentimos, mesmo quando não estamos sós. Impasse! Eu, os meus e os nossos isolados num acampamento que se chama lar. Será necessário que cada um de nós consiga retirar de dentro de si mesmo a força, a fé e o amor que esse tempo está exigindo de nós. Reclamar? Blasfemar? Jamais!
Refletir, rezar, orar e reverter ou inverter as nossas atividades. Se não posso ir a academia, faço exercícios em casa. Se o cinema está fechado eu ligo minha televisão. Se não vou ao teatro converso com meus familiares, faço ligações telefônicas. As refeições deverão ser realizadas em clima de festa. Não vamos deixar o isolamento se transformar em tormento. Existem alentos! Busquemos dentro de cada um de nós e dentro de nossas casas formas de viver em paz e sob às bençãos de Deus.
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