domingo, 23 de outubro de 2016

À MARGEM DA EDUCAÇÃO


Nós brasileiros já nos acostumamos a ver meninos e adolescentes portando armas e trabalhando para os senhores do tráfico. Imagens tristes de uma juventude sem futuro. Soldados, fogueteiros e guardiões das “bocas” de fumo, estão marcados para ter uma vida breve. Paralelamente a eles, as meninas mulheres, que nos bailes “funks” exibem seus jovens corpos, num bailado sensual, entristecendo a todos que assistem aquelas deprimentes cenas. Caras e bocas e movimentos corporais, tentando ser, aquilo que não são. Apenas meninas travestidas de adultos numa ridícula e triste tentativa de ser mulher.

 Esse grupo, em sua maioria pertence às classes menos favorecidas. São moradores de comunidades e que tem seus comportamentos explicados pela educação deficiente e ausência de contatos culturais capazes de fazê-los perceber, que existe outro mundo com melhores oportunidades.
Porém, para espanto maior, os noticiários mostram, jovens, de classe média e alta, filhos de pais com excelente nível cultural, social e financeiro procedendo de forma violenta, próxima à barbárie. Jovens que bebem e se drogam provocando cenas deprimentes nas madrugadas das cidades. Promovendo arruaças, demonstrando preconceitos de diversas formas e dirigindo seus carros, alcoolizados, eles provocam acidentes, matam e ficam impunes.
Que tipo de família, presenteia seus filhos e filhas com carrões e cartões de crédito, como cartas de alforria, dando a eles o direito de vida e morte sobre a vida de outros cidadãos. Jovens bonitos, malhados em academias, nível universitário, usando roupas de marca e os nomes de seus familiares para se colocarem acima do bem e do mal. É comum presenciarmos, elegantes mães, atrás de seus escuros óculos, defendendo seus “bebês” que brincando com seus carros importados matam sem nenhum arrependimento.
Também assistimos mães de comunidades, que honradamente entregam seus filhos à polícia na tentativa de fazê-los cidadãos honestos.
Madames e operárias, mães com atitudes opostas quanto à ética e a moral. Como entender este contraste comportamental? Em ambos os casos vale uma boa reflexão sobre educação!
Edison Borba

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