terça-feira, 18 de outubro de 2016

PEDAGOGIA CARNAVALESCA


Desde os primeiros anos escolares, aprendemos sobre a complexa História do Brasil. Alguns episódios são difíceis para o entendimento dos alunos, talvez uma forma agradável de entrarmos em contato com muitos fatos que compõem a nossa História esteja nos Sambas de Enredo, cantados no carnaval pelas Escolas de Samba.
Em 1962, o Salgueiro entrou na avenida, cantando “O Descobrimento do Brasil”, samba que conta esse episódio com detalhes dignos de um livro e história. Depois de cantar esse samba, qualquer aluno, saberá contar como aconteceu esse fato histórico.
No mesmo ano, a Mangueira emocionou o público com Casa Grande e Senzala, onde sentimos nas batidas do bumbo as tristezas do período da escravidão.
Em 1997, a Portela, cantou e encantou as belezas da cidade de Olinda. Quem nunca viajou até Pernambuco, pode fazer contato com as belezas dessa linda princesa do nordeste.
Beija-Flor de Nilópolis cantou os encantos da cidade de Araxá, em 1999, exaltando a figura de Dona Beija que se banhava nas águas medicinais dessa linda cidade mineira.
Em 1969, a império Serrano falou sobre os heróis da liberdade e em 1995, a Imperatriz Leopoldinense, fez a avenida balançar com o incrível samba de enredo “Mais Vale Um Jegue Que Me Carregue, Que Um Camelo Que Me Derrube, Lá no Ceará”. Uma letra que conta uma história incrível misturando camelos e jegues, usados como meios de transporte na região nordeste do antigo Brasil.
Esses e outros sambas de enredo são verdadeiras pérolas que trazem fatos e lendas que ajudam a entender a história do Brasil.
Até hoje, Exaltação a Tiradentes, de 1949, da Escola de Samba Império Serrano, ainda é lembrado. Quem quiser saber um pouco mais sobre a História do Brasil, procure nas letras dos nossos sambas de enredo.
Porém, vale um alerta: cuidado para não misturarmos as letras e ficarmos doidos com tantas informações e tudo se transformar numa loucura histórica, como fez brilhantemente Sérgio Porto, nosso inesquecível Stanislaw Ponte Preta.
Edison Borba

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