domingo, 23 de outubro de 2016

A SIMPLICIDADE DA FELICIDADE



 

Fui perguntar ao mundo, o que era felicidade. Porém, ele não quis me responder, mandou-me perguntar ao raio de luz. Numa noite, iluminada por uma luz azul, tentei alcançar um raio de luz, mas fui por ele ofuscado.

Triste, voltei a perguntar ao mundo, o que era felicidade. Com desdém e demonstrando impaciência, ele me mandou falar com os rios. Corri pelas margens dos rios, cujas águas passavam velozmente sem nada me dizer.

Mais uma vez, eu quis saber o que era felicidade, e novamente ao mundo fui recorrer. Sem muita paciência ele disse que os oceanos sabiam, eles eram os guardiões dos mistérios do mundo e com certeza me dariam a resposta. Cansado, mas cheio de esperança, me dirigi ao oceano, que silencioso e profundo nada me disse. Esperei horas a fio, olhando a imensidão azul das águas salgadas, sem obter resposta.

Desanimado, mais uma vez busquei junto ao mundo o segredo desvendar. Ele, desdenhoso falou-me: porque buscas tanto essa tal felicidade? O que pensas encontrar? Eu, timidamente respondi que queria ser feliz, como tantos outros homens. Os que cantam, dançam e riem alardeando que a possuem guardada em seus corações.

O mundo olhou para mim, penalizado talvez, e mandou-me olhar ao meu redor e observar as coisas simples, as simples “coisas” que todos os dias estavam em meu caminho. “Coisas” queridas, simples “coisas”, simples como a vida.

As flores nos jardins, a sombra dos arvoredos, o sorriso das crianças, a alegria dos animais. O abraço dos amigos, o canto dos passarinhos, a ternura do sono de um bebê, o carinho despretensioso dos animais para com seus donos, o aroma de café pela manhã. Tantas “coisas” simples! Simples “coisas” que por serem tão simples não as vemos nem as sentimos, elas passam desapercebidas por nós.

Seguindo o conselho do mundo, eu pude perceber quanta felicidade havia ao meu redor. Tudo tão pertinho, ao alcance de minhas mãos, dos meus olhos e de minha vida. Entendi que a felicidade está bem pertinho da gente, é só olharmos com calma que poderemos alcança-la, da mesma forma que colhemos flores de um jardim.

Edison Borba

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