É
com tristeza e pesar que comunicamos a morte da Lapa, bairro boêmio do Rio de
Janeiro, que era frequentado por milhares de pessoas que buscam diversão. Restaurantes,
bares, casas de show estão fechados. E os Arcos, cobertos por um manto negro. Local que
servia de reduto para turistas e
brasileiros era o preferido para se comemorar a vida. A alegria antes, regada a
chopinhos e muita música, deixou de existir e em seu lugar, há lágrimas e choro.
Os ritmos do samba, axé, funk e rap
estão calados e o que se ouve é silêncio. Um mortal e triste silêncio. A
democracia da Lapa está de luto. Nas
tradicionais gafieiras, não há casais apaixonados deslizando romanticamente
ao sabor de boleros. Rostos tristes e maquiagens manchadas pelas lágrimas
avisam que a Lapa morreu com uma “faca” no coração.
A
tragédia aconteceu na madrugada do dia primeiro de dezembro, a jovem Lapa, com
apenas 19 anos, estava feliz e sorridente. Comemorava mais um aniversário de
amigos entre os muitos que a escolhem para festejar, por ser (ela) o bairro da
alegria e felicidade. Muita música, dança e alegria, e Bolo com velinhas, parabéns
e abraços. Muitos braços se entrelaçaram, num grande e afetivo abraço. Lapa,
querida! Querida Lapa! Nós a amamos!
Porém,
no amanhecer, havia uma faca nas mãos de um homem mau. Um homem, que se
transfigura ao sabor de uma pedra maldita, chamada crack. Um novo tipo de
cidadão, que habita as sombras e ataca todos os que exibem sorrisos e
demonstram felicidade.
Uma facada no
peito, uma facada no coração fez emudecer vozes e cantos, músicas e ritmos. Calou
a Lapa!
Foi na Lapa! Foi a Lapa
Sem palavras.
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