domingo, 14 de junho de 2015

A ÁRVORE

Era uma vez uma frondosa árvore, admirada pelo seu tamanho e abertura de seus galhos, que agasalhava uma enorme diversidade pássaros, além de fornecer uma adorável sombra.

Na primavera, ela enfeitava o campo com suas flores e no outono, seus frutos saciavam a fome dos viajantes que por ela passavam.

Os anos escorriam pelos calendários e a bela árvore, que um dia tinha sido apenas uma pequena semente, orgulhava-se de ser não a mais bonita, ou a mais frondosa, mas aquela que servia para agasalhar com sua sombra, alegrar com sua flores e matar a fome dos que usavam os frutos.

A fama da árvore espalhou-se por muitos lugares, provocando curiosidade entre muitas pessoas que passavam pelo caminho onde ela morava, só para comprovar aquilo que haviam ouvido sobre ela.

A bela árvore, algumas vezes tinha receio de se tornar vaidosa, e lutava para que este sentimento não tomasse conta de seu coração. Ela, nessas horas de dúvida, procurava lembrar-se que um dia já tinha sido apenas uma semente, uma simples sementinha, que teve a sorte de encontrar um solo fértil, onde pode germinar, crescer e tornar-se uma frondosa árvore.

O tempo passando a árvore, sentindo-se feliz a cada dia, por tudo o que ela podia oferecer àqueles que dela precisavam. Porém, numa agradável tarde de outono, um viajante parou sob sua sombra para descansar de sua longa jornada. Era um andarilho que já havia percorrido longas estradas e trazia consigo uma história de tristezas e mágoas. Talvez, por este motivo, apesar dele, o viajante, ter usufruindo da tranquilidade e da sombra oferecidas pela elegante árvore, após saborear de seus frutos, afastou-se do local e por algum motivo difícil de entender, espalhou pelos ventos que os frutos que ele havia saboreado eram azedos e que a sombra oferecida pela árvore, não fora suficiente apara o agasalhar e proteger do intrépido sol.

Infelizmente, a história do homem, espalhou-se como um rastilho de pólvora, sendo aceita como verdade por muitas pessoas, incluindo aquelas que já haviam provado dos benefícios da bondosa árvore.

Aos poucos, a estrada onde a árvore vivia, foi abandonada e nenhum viajante ousava aproximar-se dela, que magoada com tamanha ingratidão, entristeceu, secou e morreu.

Está história, leva-nos a uma reflexão sobre as reações humanas. À vezes é mais fácil acreditar numa palavra do que nos atos. Tudo o que a bela árvore produziu e doou para todos que dela precisaram, foi esquecido apenas pela palavra de um viajante em cujo coração não havia bondade.

Sejamos pois, cautelosos, antes de tecermos nossos julgamentos!

Edison Borba

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