segunda-feira, 15 de junho de 2015

SONHO OU PESADELO?


Às vésperas da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, ainda vivemos o pesadelo das inúmeras obras não concluídas, algumas nem iniciadas e outras que foram terminadas e já estão em estado de deterioração. Ainda existem discussões sobre superfaturamentos, desvios de verbas, empresas fantasmas entre outras “falcatruas” acontecidas durante a realização Copa do Mundo de Futebol.
O legado da Copa para o país ficou bem distante do prometido, em algumas cidades a população sofre com obras inacabadas e algumas arenas transformaram-se em elefantes brancos.
É constrangedor para a população que se envolve, participa, atende ao pedido da mídia e se veste com as cores do país, saindo às ruas apoiando os eventos ser enganada com um saco de pipocas e um pirulito.
No Brasil, vive-se de sonhos! Aprende-se desde o berçário que a imensa Pátria um dia será forte e poderosa, podendo ocupar um lugar entre as maiores potências mundiais, por este motivo, é que a realização de eventos mais frequentes na Europa do que na América do Sul, torna-se tão esperada pela população, que vive abaixo da linha do Equador.
Lamentavelmente, a realização dos grandes eventos, serve para encher os cofres, bolsas e bolsos de uma minoria de homens e mulheres que sem nenhum escrúpulo ficam mais ricos a cada grande festa. Até os eventos internos, como desfiles de carnaval e reveillon são marcados por escândalos financeiros, que se tornaram marca registrada de tudo o que é realizado no Brasil.
Estamos vivendo o sonho olímpico, com nossos atletas, lutando para manter a forma e a possibilidade de medalha, que fica mais difícil para as competições individuais. O aprendizado e treino para algumas modalidades esportivas é quase impossível numa terra sem tradição educacional esportiva. Nossos atletas olímpicos são verdadeiros heróis!
Enquanto esperamos a chegada de 2016, vamos sonhando e treinando para competir em algumas modalidades como pular buraco, desviar de andaimes, fugir de assaltantes, remar na lama e nadar para não morrer na poluição das praias.

Edison Borba


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