terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONVERSANDO SOBRE PROJETOS


Todas as vezes que pensamos em projetos, aparecem em nossas cabeças, propostas grandiosas e difíceis de executar. Imaginamos custos elevados e situações complicadas que deverão ser vencidas.
Porém, podemos imaginar formas simples de resolvermos situações aparentemente complicadas, para as quais ao usarmos criatividade e  imaginação realizamos um projeto, sem nos darmos conta do nosso feito.
Recebi um email sugerindo a utilização de folhas de jornal para substituirmos o uso de sacos plásticos para o lixo caseiro.
A técnica proposta foi o origami. Usando dobraduras podemos transformar o jornal em sacos de lixo. Preferencialmente lixo seco (pedaços de papel, pano, resíduos domésticos encontrados no chão após a limpeza, etc). A sugestão é simples e nos ajuda a resolver problemas ambientais. Podemos considerar essa idéia como uma proposta inovadora? É bom pensar sobre isso!
Outras vezes, o projeto surge no nosso conteúdo programático. Uma nova forma de abordar um assunto antigo pode se transformar em um projeto.
Há tempos, conversando com uma colega professora de Língua Portuguesa, pensamos nas questões afetivas e a tecnologia. Seria possível analisarmos as comunicações amorosas, através dos diversos mecanismos que os enamorados usavam e usam até os dias atuais?
Meus avós provavelmente se comunicaram através de bilhetes ou cartas manuscritas. Depois vieram as máquinas de escrever, os telefones, as máquinas de fax, os telefones celulares e a internet. A cada dia, as juras de amor aumentam de velocidade. Será que essa questão pode se transformar num projeto?
Seria interessante que os alunos lessem romances de diversas épocas e assinalassem as formas de comunicação usadas pelos amantes através dos tempos. E depois? Quando estivermos no ano dois mil e noventa? Vamos imaginar algum tipo de máquina ou de mecanismo além do que usamos hoje?
Quando lecionava no Colégio Méier, nos anos setenta, um aluno da 8ª série imaginou uma casa do futuro construída no fundo do mar. Ele pensou em diversos mecanismos para permitir que os seres humanos pudessem viver nesse ambiente para o qual nosso organismo não possui mecanismos  de sobrevivência.
Apresentamos o projeto numa exposição de ciências, não fomos premiados, mas o projeto do meu aluno causou muita polêmica.
Acredito que naquela época provocamos nas pessoas que visitaram a feira, muitos questionamentos sobre a sobrevivência humana.
Existem áreas do saber que são mais exploradas para a construção de projetos, como a Química, Física, Biologia e Matemática. É muito comum, professores de outras áreas do conhecimento encontrar dificuldades na organização der um projeto.
Como poderíamos imaginar um projeto para Língua Estrangeira? Sociologia? Artes? Educação Física? Geografia?  História?
Pensando isoladamente pode ficar difícil, mas se imaginarmos que não somos seres isolados, podemos solucionar o problema através da multidisciplinaridade e  interdisciplinaridade. Somando conhecimentos e saberes podemos imaginar “coisas” incríveis para a melhoria da qualidade de vida no nosso planeta.

Edison Borba.

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