(por) Edison borba
Ano,
1950, aos seis anos, acompanhei a mobilização de toda a minha família: pais,
irmãos, avós, tios, primos e amigos que concentrados em torno de um rádio
acompanharam os jogos. Lembro que houve muito choro no último jogo e o Brasil não
ganho a Copa.
Os
anos passaram e quando estava com 14 anos, 1958, minha família novamente se
reuniu em minha casa. Eu pulei e cantei repleto de felicidade. O Brasil ganhara
a Taça.
A
Copa de 62, não aconteceu com a mesma euforia das anteriores. Alguns familiares,
incluindo minhas avós já haviam falecido e o grupo, não teve o mesmo brilho dos
anos passados.
Nas
Copas seguintes, 1970 e 1994, já não havia mais o grupo familiar, apenas amigos
que se reuniam em bares para as comemorar.
Em
2002, não fui envolvido por muito interesse. Adulto, percebi que os grandes
atletas já estavam com suas vidas cobertas por propagandas e o futebol arte, não
existia. Uma grande campanha publicitária e comentários sobre a manipulação dos
resultados apagaram de mim a vontade de participar. Mesmo assim, torci pelo
Brasil, sozinho em minha casa. Diante de um grande aparelho de televisão com
imagem colorida, assisti a euforia brasileira.
Em,
2014, vi a festa com restrições. Muito “vedetismo” por parte de alguns
jogadores, que não considero atletas, mas peças de mercado, que jogam pelo
valor dos euros. O povo sendo empurrado pela mídia perdeu a naturalidade e nós
perdemos em campo por sete a um jogando com a Alemanha.
Hoje,
2018, uma seleção que se diz brasileira, entra em campo fingindo representar o
Brasil. A maioria dos jogadores faz tempo não fala mais português e nem recebe
seus “honorários” em reais. Hoje existe uma alegria comprada e comercializada.
A propaganda controla as emoções e uma entidade chamada FIFA e a política são
as donas do mercado e da festa, ditando as regras.
Infelizmente
após os jogos, a seleção brasileira (??!!) retornará aos seus países, cada um
agradecendo por poder tirar a camisa amarelinha do corpo.
A vida continua e quero poder estar presente
ainda em outras copas, acompanhando os rumos desta história da qual também sou
um dos protagonistas.
Assim seja!
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