segunda-feira, 19 de novembro de 2012

NOITES SANGRENTAS

Hoje, dezenove de novembro de dois mil e doze, uma importante emissora de televisão, informou em seu noticiário matinal, que, desde o dia três de outubro, morreram na cidade de São Paulo e arredores, trezentas pessoas, todas assassinadas. Esse trágico número completou-se hoje com o extermínio de nove cidadãos.
Noites sangrentas, noites violentas, noites de tristeza.
Cidadãos de bem, bandidos, policiais, jovens, adultos, homens e mulheres mortos como gado em matadouro. Famílias em luto, mães e mulheres em prantos, crianças órfãs e acima de tudo tragédias.
Apesar de todos esses acontecimentos que já atingem outros estados da federação, o país segue seu ritmo tranquilo. Feriados emendados, famílias nas praias, namorados nos cinemas e amigos nos bares.
Os líderes da Nação, se reúnem, analisam, discutem e estudam formas de combaterem tanta violência. Planos são traçados, verbas são liberadas, estudiosos são convocados para que soluções de curto prazo sejam aplicadas.
Enquanto a justiça morosamente cumpre suas obrigações, os bandidos rapidamente cumprem sentenças de morte e executam sem piedade.
O grande risco, a que estamos sendo submentidos é a possibilidade dessas noites sangrentas se transformarem em rotina e até serem incluídas em roteiros turísticos.
Visitem o Brasil e vejam ao vivo e a cores como acontece o extermínio humano.
Tudo isso é extremamente terrível e trágico. É lamentável que sejamos levados a brincar com fatos tão sérios para alertarmos para uma situação tão terrível.
A população assustada tranca portas, adia compromissos, modifica seus hábitos, protege seus lares, reza por seus filhos e lamenta seus mortos.
Até quando cidadãos trabalhadores, os que contribuem para o crescimento do país, pagando impostos, continuará refém de bandidos?
Até quando vamos esperar que o planejamento das autoridades, tenha efeito?
Até quando dormiremos assustados temendo pela segurança das nossas famílias?
Até quando noites sangrentas continuarão a entristecer o povo brasileiro?
Edison Borba

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