segunda-feira, 19 de novembro de 2012

UM CONTO DE BRUXAS

 
Era uma vez uma linda jovem mulher, estudante, modelo, atriz  prono e sonhadora. Um projeto de princesa.
Como em toda história de amor, a jovem mulher conhece um quase príncipe, jogador de futebol, mais especificamente – goleiro de um famoso clube.
Um galante pegador de bolas e de mulheres. Esse guapo rapaz, já era um reprodutor conhecido, tendo em seu harém uma quantidade razoável de candidatas ao título de princesa.
Como em todo conto de fadas, a bela jovem encontrou o atleta. Amor à primeira vista e ao primeiro chute. Paixão ardente. Relação confusa e uma gravidez. Por ela desejada, por ele um herdeiro planejado (não por ele).
Confusão na corte do príncipe goleiro. Serviçais, eunucos e outras (várias outras) concorrentes ao título máximo de preferida do galã – sultão,  reuniram-se para deliberar se havia espaço para mais uma e mais um hospedeiro. Reunidos em torno de caldeirão, munidos de varinhas afiadas deliberaram. O veredito, infelizmente foi contrário à presença de mais herdeiros ao patrimônio do príncipe e também do seu amor.
O que aconteceu a seguir envolve planos perigosos, carruagens motorizadas, lenhadores malvados e o conto que seria de fadas tornou-se uma história de bruxas.
Após o nascimento do pequenino candidato à  herança dos bens do preferido das muitas donzelas chuteiras, uma série de confusos acontecimentos aconteceram.
Dizem que após se fartarem com uma boa macarronada, alguns serviçais levaram a linda princesa para um passeio na floresta. Num local desconhecido, com a ajuda de uma velha bruxa, fizeram com que a linda mulher desaparecesse numa nuvem de fumaça.
Numa noite fria e sombria, latidos e uivos de cães foram ouvidos em todo reino e nunca mais a candidata à princesa foi vista. O seu desaparecimento mágico, fez com que magos, magistrados, cartomantes, videntes, advogados entre outros interessados em histórias fantásticas, passassem a buscar uma solução para essa história.
O tempo passou, o principezinho cresceu, e hoje vive em outro reino. A princesa continua desaparecida. Como num passe de mágica ela sumiu. Dizem que uma bruxa madrinha foi responsável por toda essa história.
O príncipe reprodutor vive isolado numa torre. Algumas de suas preferidas  estão reclusas em castelos e protegidas por fortes grades. Serviçais do galã goleiro vivem em instalações do governo e protegidos da ira de outros súditos. Tendo permissão apenas para jogarem com “bola” a cada quinze dias.
Infelizmente, esse conto não é de fadas e não podemos terminá-lo com aquela bela frase: “e foram felizes para sempre”.
Edison Borba

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