sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A DIFÍCIL BUSCA PELA PAZ

         Desde que no Rio de Janeiro, foram implantadas as UPPs (Unidades de Policias Pacificadoras), estamos acompanhando a dificuldade de se resgatar, uma sociedade que passou muitos anos, vivendo sob o domínio de um força “extra-terrena”, da qual  ordens e até mesmo certos “cuidados e agrados”, emergiam.
Está ficando cada vez mais evidente, que ainda estamos na fase de ocupações, as pacificações estão longe de serem conseguidas. Apesar das muitas mudanças, o processo ainda levará algum tempo, pois se trata de uma via de mão dupla. A polícia encarregada de “pacificar” as comunidades, precisa se adaptar aos hábitos e costumes de cada local ocupado. Ao se colocar num grupo social, elementos de  outro grupo, cria-se uma expectativa de ambos os lados. Diversos incidentes já aconteceram tendo os militares como os causadores do desequilíbrio,   deve ser dificílimo para um  policial, viver num local adverso ao seu.
O processo de adaptação é ambivalente. Os moradores, sabem que resíduos da  “marginalia” ainda são encontrados nos becos e vielas, mantendo uma ameaça velada. Os policiais que sabem da existência desse resíduo  tornam-se sensíveis a qualquer movimento. Esta instabilidade ainda deverá durar algum tempo. O processo de ambientação é demorado e exige mudanças comportamentais bastante sérias.
Para tornar o processo de pacificação mais rápido e consistente  será necessário o óbvio: saneamento, escolas, creches, limpeza urbana, melhores condições de locomoção, humanização ambiental que aliados à segurança policial, poderá fazer com que a paz seja implantada.
Porém, mesmo com tudo o que foi descrito acima, a paz para ser alcançada num sentido amplo, e não apenas em comunidades e localidades, de forma endêmica, é necessário mudanças no país. Enquanto houver desvio de verbas destinadas principalmente à saúde e educação essa tão almejada paz está muito longe do território brasileiro. Prefeitos ladrões, senadores que não temem a justiça  usando o Brasil como parque de recreações, deputados carreiristas e vereadores corruptos, continuaremos a ser a república das bananas.
 O Brasil precisa aprender a varrer a casa deixando o velho hábito de colocar o lixo sob o tapete. Com o passar dos anos a quantidade de resíduos já começou a apodrecer e não há mais tapete que consiga cobrir tanta sujeira.
Nossos políticos, empresários, emergentes, secretários e tantos outros que ocupam lugar de destaque nas colunas sociais, com raras exceções, são responsáveis pela dificuldade em se obter a tão sonhada paz.
O problema brasileiro é epidêmico, mesmo pacificando comunidades, vilas  e bairros, a doença continuará até que se descubra um soro que inocule moral e ética e paralela a ele, uma vacina, que possa erradicar o mal ou então os malvados.

NOTA: -DIAS 8 E 9 DE AGOSTO DE 2013.

Rio - Dois suspeitos morreram após confronto com policiais militares durante operação em comunidades do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte, na manhã desta sexta-feira. A dupla ainda foi encaminhada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. Um adolescente de 17 anos foi apreendido.  Os PMs encontraram ainda 3,5 kg de maconha, 1,5 kg de pasta de cocaína e 100 papelotes da droga. O material foi levado à 25ª DP (Engenho Novo).

A ação é realizada por cerca de 300 militares dos Batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque (BPChq), de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromarítimo (GAM). Veículos blindados e helicópteros dão apoio aos policiais. O objetivo da incursão é cumprir mandados de prisão e checar informações do setor de inteligência.

Mais de 1.500 alunos ficam sem aula

A Secretaria Municipal de Educação informou que, de acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação, uma escola municipal e cinco creches municipais estão sem atendimento nesta sexta-feira, DIA 8 DE AGOSTO,por conta da operação policial no Lins. As unidades atendem 1.558 alunos.

Continua sem solução o caso do pedreiro Amarildo, desaparecido na Comunidade da Rocinha.

COMO É DIFÍCIL ENCONTRAR A PAZ!

Edison Borba

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