domingo, 16 de setembro de 2012

CHACINA DE SONHOS

Era mais um final de semana de sol. Eram apenas seis jovens. Era apenas uma cachoeira. Eram meninos e o  dia de sol convidava a um banho de cachoeira.
E os garotos correram alegres para mais um dia de suas vidas. Como todo guri, esses também gostavam de jogar bola, correr sem destino pelas estradas, assobiar e empinar pipas. Suas famílias, como toda simples família, via para esses  garotos um lindo futuro.
Orgulho dos pais, estudantes e trabalhadores sonhavam com princesas. Esses garotos eram amigos. Amizade construída desde  sempre. E era o  que os unia, a amizade.
Mas, foi nesse domingo de sol, que os jovens e seus sonhos foram destruídos. Os homens maus, os maus homens que destroem o que é bom. Bandidos que não sabem o que é amizade e felicidade. Provavelmente nem perceberam que era domingo e que o sol estava iluminando a terra. Homens sem razão e sem visão. Seres sem sonhos, mortos – vivos. Zumbis sem destino que vagam pelo mundo sem saber o que e nem quem são. Podemos classificá-los como assassinos, sanguinários e desalmados, mas nenhuma expressão conseguirá defini-los.
Fico a pensar qual é papel desses homens nesse mundo. Com que finalidade eles existem. Esse é um grande mistério. Sou levado  a pensar que as forças do mal existem e tentam constantemente exibir o seu poder.
Pátrias, famílias, sociedades e religiões são colocadas à prova nessa luta do bem contra o mal.
Meninos, garotos, jovens brasileiros desculpem pela nossa incompetência em protegê-los. Ao matarem vocês, destruíram sonhos de uma população que vê  tombar, como num campo de batalha, mais e mais cidadãos trabalhadores, jovens e até crianças.
Lamentavelmente, o número de mortos aumenta em grande proporção, apesar do empenho de autoridades honestas, que tentam pacificar o impossível.
Nosso país está de luto. Choramos com as famílias a grande perda. Enterramos sonhos, sorrisos, alegria, felicidade e o sonho de muitos outros jovens que morrem todos os dias nas ruas, becos, praças e avenidas.
Até quando continuaremos a conviver com tanta brutalidade?
Edison Borba
     

 

 

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