Era
mais um final de semana de sol. Eram apenas seis jovens. Era apenas uma
cachoeira. Eram meninos e o dia de sol convidava
a um banho de cachoeira.
E
os garotos correram alegres para mais um dia de suas vidas. Como todo guri,
esses também gostavam de jogar bola, correr sem destino pelas estradas,
assobiar e empinar pipas. Suas famílias, como toda simples família, via para
esses garotos um lindo futuro.
Orgulho
dos pais, estudantes e trabalhadores sonhavam com princesas. Esses garotos eram
amigos. Amizade construída desde sempre.
E era o que os unia, a amizade.
Mas,
foi nesse domingo de sol, que os jovens e seus sonhos foram destruídos. Os
homens maus, os maus homens que destroem o que é bom. Bandidos que não sabem o
que é amizade e felicidade. Provavelmente nem perceberam que era domingo e que
o sol estava iluminando a terra. Homens sem razão e sem visão. Seres sem
sonhos, mortos – vivos. Zumbis sem destino que vagam pelo mundo sem saber o que
e nem quem são. Podemos classificá-los como assassinos, sanguinários e
desalmados, mas nenhuma expressão conseguirá defini-los.
Fico
a pensar qual é papel desses homens nesse mundo. Com que finalidade eles existem.
Esse é um grande mistério. Sou levado a
pensar que as forças do mal existem e tentam constantemente exibir o seu poder.
Pátrias,
famílias, sociedades e religiões são colocadas à prova nessa luta do bem contra
o mal.
Meninos,
garotos, jovens brasileiros desculpem pela nossa incompetência em protegê-los.
Ao matarem vocês, destruíram sonhos de uma população que vê tombar, como num campo de batalha, mais e
mais cidadãos trabalhadores, jovens e até crianças.
Lamentavelmente,
o número de mortos aumenta em grande proporção, apesar do empenho de
autoridades honestas, que tentam pacificar o impossível.
Nosso
país está de luto. Choramos com as famílias a grande perda. Enterramos sonhos,
sorrisos, alegria, felicidade e o sonho de muitos outros jovens que morrem todos
os dias nas ruas, becos, praças e avenidas.
Até
quando continuaremos a conviver com tanta brutalidade?
Edison
Borba
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