Em
pleno século XXI, às vésperas da eleição para prefeitos e vereadores, estamos
lamentavelmente acompanhando a uma nova guerra santa, surgindo no Brasil.
No
mundo modernizado e movido por inovações tecnológicas, pesquisas de ponta e
incentivo ao empreendedorismo, a religião, ainda é usada como processo de
desagregação social.
Como
se não bastasse as lutas entre policiais e traficantes e a opressão vivida pela sociedade
trabalhadora, políticos usam as crenças e a fé para manipular a sociedade.
Num
país, que se anuncia ao mundo como um dos mais tolerantes quanto à prática
religiosa é vergonhosamente maculado por alguns senhores que usando máscaras
religiosas, promovem em seus discursos o estímulo à guerra entre seguidores de
diferentes credos.
Sem
dúvida, estamos presenciando um sério retrocesso social e cultural.
A
História está repleta de mortes, assassinatos, torturas, agressões e violência
cometidas em nome da fé. As palavras bíblicas são usadas de forma a favorecer rendimentos financeiros e políticos para
alguns inescrupulosos.
Provavelmente
se Cristo voltasse a terra, teria suas ideias distorcidas e usadas para o
benefício de alguns em detrimento do sofrimento de outros.
Senhores políticos, as igrejas são lugares
sagrados onde à oração, a meditação e o
acolhimento sem restrições e preconceitos deve prevalecer. Não podemos admitir
que fiéis, de qualquer orientação religiosa sejam manipulados em prol da
conquista de cargos e dinheiro.
Eleitores
não podem se deixar levar por discursos separatistas religiosos. Não queremos
que o nosso país sofra o que acontece em outras regiões do mundo. Não podemos
admitir uma nova onda como a que deu origem à segunda guerra mundial.
Enquanto
favelas ardem sob o fogo, crianças morrem de fome, hospitais não possuem leitos
suficientes para atender aos doentes e escolas funcionam em ruínas. Enquanto
rios e lagoas são assoreados, florestas destruídas, e, o lixo se acumula sem
que consigamos uma solução, homens candidatos aos cargos de governo estimulam a
mais um grave delito – o preconceito religioso.
Não
precisamos de mais problemas! Não queremos ser divididos!
Partilhar,
comungar, aceitar, irmanar são verbos
que deverão prevalecer. Queremos ser livres para escolhermos nosso credo e partido.
Não
a guerra santa!
Edison
Borba
NOTA:
Nesta madrugada (17 de setembro de 2012), mais um policial militar foi
assassinado no Rio de Janeiro.
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