segunda-feira, 17 de setembro de 2012

GUERRA SANTA NO BRASIL.

Em pleno século XXI, às vésperas da eleição para prefeitos e vereadores, estamos lamentavelmente acompanhando a uma nova guerra santa, surgindo no Brasil.
No mundo modernizado e movido por inovações tecnológicas, pesquisas de ponta e incentivo ao empreendedorismo, a religião, ainda é usada como processo de desagregação social.
Como se não bastasse as lutas entre policiais e traficantes e  a opressão vivida pela sociedade trabalhadora, políticos usam as crenças e a fé para manipular a sociedade.
Num país, que se anuncia ao mundo como um dos mais tolerantes quanto à prática religiosa é vergonhosamente maculado por alguns senhores que usando máscaras religiosas, promovem em seus discursos o estímulo à guerra entre seguidores de diferentes credos.
Sem dúvida, estamos presenciando um sério retrocesso social e cultural.
A História está repleta de mortes, assassinatos, torturas, agressões e violência cometidas em nome da fé. As palavras bíblicas são usadas de forma a  favorecer  rendimentos financeiros e políticos para alguns inescrupulosos.
Provavelmente se Cristo voltasse a terra, teria suas ideias distorcidas e usadas para o benefício de alguns em detrimento do sofrimento de outros.
 Senhores políticos, as igrejas são lugares sagrados onde à oração,  a meditação e o acolhimento sem restrições e preconceitos deve prevalecer. Não podemos admitir que fiéis, de qualquer orientação religiosa sejam manipulados em prol da conquista de cargos e dinheiro.
Eleitores não podem se deixar levar por discursos separatistas religiosos. Não queremos que o nosso país sofra o que acontece em outras regiões do mundo. Não podemos admitir uma nova onda como a que deu origem à segunda guerra mundial.
Enquanto favelas ardem sob o fogo, crianças morrem de fome, hospitais não possuem leitos suficientes para atender aos doentes e escolas funcionam em ruínas. Enquanto rios e lagoas são assoreados, florestas destruídas, e, o lixo se acumula sem que consigamos uma solução, homens candidatos aos cargos de governo estimulam a mais um grave delito – o preconceito religioso.  
Não precisamos de mais problemas! Não queremos ser divididos!
Partilhar, comungar, aceitar, irmanar são  verbos que deverão prevalecer. Queremos ser livres para escolhermos nosso credo e  partido.
Não a guerra santa!
Edison Borba
NOTA: Nesta madrugada (17 de setembro de 2012), mais um policial militar foi assassinado no Rio de Janeiro.
 

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