Rio de Janeiro, cidade maravilhosa,
continua vivendo sob a mira de fuzis. Apesar do esforço no sentindo de trazer a
paz, ainda existem focos de traficantes e comunidades ameaçadas. Nos últimos
meses, vários policiais foram mortos.
Em apenas 48 horas, quatro policiais
foram assassinados por traficantes em favelas do Rio de Janeiro. A esses quatro
somam-se outros tantos, mortos em serviço ou em seus dias de folga.
As notícias tornam-se repetitivas, e
aos poucos perdem o efeito constrangedor sobre os leitores. Lemos sobre
assassinatos, da mesma forma que procuramos por um produto a ser comprado em
mercado ou escolhemos o programa para o final de semana.
A violência é de tal proporção que os
que se preocupam em escrever sobre esses fatos corre o risco de ser chamado de
pessimista.
Apesar das ações policiais serem cada
vez mais estruturadas e elaboradas, apesar de estarmos acompanhando o trabalho
sério da maioria dos nossos agentes, ainda vivemos num estado de terror.
Não adianta querer esconder o sol com
uma peneira, estamos com sérios problemas no combate ao tráfico de drogas, às
quadrilhas organizadas, as milícias e a bandidagem que atua em pequenos e
grandes delitos.
Num país, em que o processo educativo
ainda está muito distante de ser levado a sério. Apesar da propaganda, apontar
números favoráveis à melhoria escolar, nossa situação é grave. Professores com
baixa remuneração, escolas sem preparo adequado para atrair a atenção dos
alunos, famílias sem um relacionamento adequado com o processo pedagógico de
seus filhos. Juntando-se a esse quadro, uma sociedade com graves desigualdades
entre seus cidadãos, temos os ingredientes para tornar muito difícil o processo
de pacificação.
Enquanto a maioria dos políticos
brasileiros usar seus poderes em benefício próprio, continuaremos a ler nos
noticiários mortes, chacinas, assassinatos, roubos, latrocínios entre outras
graves notícias.
Para conquistarmos a pacificação,
precisamos de educação num sentido amplo, não apenas àquela relacionada aos
bancos escolares. Educação popular, preparar o povo para o dia-a-dia. Ensinar a
pescar e não apenas dar o peixe pronto através de bolsas.
Bolsas, balas, dependência, tráfico,
políticos, bandidos, povo marcado, povo calado, povo feliz.
Nessa
roda viva e nesse jogo da vida, os poderosos estão vencendo às custas da morte
de cidadãos honestos.
Pacificação?
Onde?
Edison
Borba
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