quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

GOSTAR OU NÃO GOSTAR – UMA QUESTÃO DE OPINIÃO

            A liberdade de expressão, exercida pelos cidadãos dos países democráticos, é sem dúvida um grande avanço no processo de cidadania.
Uma das piores condições vividas por um povo é não poder expressar opiniões, sem o medo de represália. Os países que tiveram a infelicidade de conviver com governos opressores sabem o quão terrível é não ter o direito de pensar e revelar  com segurança as suas opiniões.
Muitos homens e mulheres perderam a vida ou foram barbaramente torturados, apenas por terem expressado Seus pensamentos sobre determinado assunto, contrariando a posição dos governos opressores.
Porém, quando nos é garantida a liberdade de expressão, é muito perigoso, fazê-lo de forma leviana. Precisamos ter cuidado ao defendermos uma ideia ou crença para não agirmos da mesma forma que os antigos opressores, principalmente quando o defensor da questão é um formador de opinião, com livre acesso aos grandes centros de comunicação.
Pessoas dotadas do poder da oratória tornam-se perigosas quando defende de forma extremada o seu ponto de vista. Em se tratando do comportamento humano, ser contra ou a favor de uma determinada condição, pode estimular a adoção de reações selvagens, bem semelhantes às de  Hitler.
É assustador ouvir alguém expor de forma agressiva e violenta, as suas convicções, sem o cuidado com os seus semelhantes. Bradar, gritar e tentar impor suas ideias, sem perceber  que suas palavras  podem  colocar em risco à vida de terceiros.
A constituição, carta magna que rege as nações, garante a todos os cidadãos o direito a liberdade de escolha. Não é digno, dar a esse documento ou a qualquer outro, como é o caso da Bíblia, interpretações pessoais. Não é justo incitar ao preconceito de forma violenta.
Estamos correndo um grande risco, quando cidadãos ditos de bem, levantam bandeiras em defesa das famílias e dos lares. Não se defende uma causa em detrimento à segurança de uma nação.
A segunda guerra mundial começou com discursos inflamados, onde alguns oradores apontavam  grupos como responsáveis pelo desequilíbrio social.  Cidadãos de bem foram envolvidos pela palavra salvadora  surgindo os campos de concentração, que exterminou judeus, negros, homossexuais, ciganos e outros seres humanos, considerados “diferentes” e  capazes de colocar em risco o equilíbrio e pureza da raça humana.
É assustador constatarmos que em pleno século vinte e um, ainda exista posições preconceituosas, promovendo uma caça às bruxas, utilizando subterfúgios religiosos para mascarar suas verdadeiras intenções.
Precisamos ter cautela, principalmente quando palavras de fé e religiosidade são usadas com o intuito de servirem como salvação eterna.
Jesus pregou a paz, a harmonia e o amor, e não deixou nenhum documento autorizando quem quer que seja, usar o seu santo nome em vão.
Que Deus nos perdoe!
 
Edison Borba

Um comentário:

  1. Professor Edison. Que palavras de sabedoria e puro conhecimento dos últimos fatos. Parabéns!

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