sexta-feira, 20 de outubro de 2017

MORTE EM SALA DE AULA.

PONTO DE VISTA (por) Edison Borba
BULLYING EM SALA DE AULA – É SEMPRE BOM PREVENIR
Anos 50, um colega de escola deixou de comparecer às aulas, por não aguentar ser chamado pelo apelido de “pelanca”. Naqueles tempos, situações deste tipo não eram discutidas. Não havia nas escolas os serviços de apoio psicopedagógico. Os anos passaram e um dia eu encontrei o “tal” colega, trabalhando como balconista em uma loja de roupas. Não chegamos a ser amigos, apenas colegas de colégio, po...rém, pensei sobre aquele caso. Ninguém deu ouvidos ao menino que provavelmente abandonou seus sonhos, por uma questão de sobrevivência moral / psicológica.
Ano 2017, cidade de Goiânia (GO), e mais um caso de bullying toma conta das manchetes dos jornais: “adolescente de 14 anos mata dois colegas e fere outros quatro num colégio particular de ensino infantil e fundamental. Uma colega, aluna do 8º ano, relata que o menino era chamado de “fedorento” pelos colegas. “Ele era todo calado, ficava com os colegas lá e eu nunca falei com ele. Chamavam ele de fedorento. Um aluno, levou um desodorante para ele, porque ele não passava, disse em entrevista”.
Dos anos 50 até os dias de hoje, muita coisa aconteceu no mundo educacional. Estamos mergulhados na era da comunicação, mas não conseguimos, nem com toda a nossa parafernália “internáutica” fazermos contato com o menino que matou seus colegas e nem com os que se tornaram vítimas de uma vítima.
E agora? Encerrar o caso e chorar os mortos? Esquecer o caso? Arquivar a tragédia? Esperarmos por mais um “pelanca” ou “fedorento” se fazer notar, fugindo ou matando!

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