quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A DOR É MINHA!

(por) Edison Borba

 

 

Pensamento da Ângela Ro Ro, encontrado num dos versos de sua música “Fogueira”, e que me fez partir para uma reflexão, que acabou levando-me para outra letra de outra música, dessa vez de João Gilberto – “Saudade Fez Um Samba”, onde se pode cantar “a dor é minha em mim doeu”.

Um pensamento completa o outro, a única coisa que é somente nossa é a dor. A minha dor é só minha e ninguém saberá a sua profundidade, ninguém jamais poderá imaginar o sofrimento de outra pessoa. E quando sentimos uma dor, podemos gozar da total liberdade de senti-la, porque ela nos liberta.

Quando alguém nos diz, eu sei o que você está sofrendo ... Não sabe! Nunca saberá!

Um braço quebrado, não é apenas um braço, mas sim O BRAÇO. Portanto, nem quando o problema é material, podemos imaginar a sua intensidade.

E quando se trata da dor na alma? Como avaliar a dor da perda pela morte ou pelo abandono. Pergunte a uma mãe qual é a dor de perder um filho e a um amante a dor de perder o seu amor para outro alguém.

 “A minha dor (é minha) e ninguém jamais saberá da sua intensidade!”

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