Pensamento da
Ângela Ro Ro, encontrado num dos versos de sua música “Fogueira”, e que me fez
partir para uma reflexão, que acabou levando-me para outra letra de outra
música, dessa vez de João Gilberto – “Saudade Fez Um Samba”, onde se pode
cantar “a dor é minha em mim doeu”.
Um pensamento
completa o outro, a única coisa que é somente nossa é a dor. A minha dor é só
minha e ninguém saberá a sua profundidade, ninguém jamais poderá imaginar o
sofrimento de outra pessoa. E quando sentimos uma dor, podemos gozar da total
liberdade de senti-la, porque ela nos liberta.
Quando alguém nos
diz, eu sei o que você está sofrendo ... Não sabe! Nunca saberá!
Um braço quebrado,
não é apenas um braço, mas sim O BRAÇO. Portanto, nem quando o problema é
material, podemos imaginar a sua intensidade.
E quando se trata
da dor na alma? Como avaliar a dor da perda pela morte ou pelo abandono.
Pergunte a uma mãe qual é a dor de perder um filho e a um amante a dor de
perder o seu amor para outro alguém.
“A minha dor (é minha) e ninguém jamais saberá
da sua intensidade!”
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