(por) Edison Borba
Abraçada
ao filho morto
A mulher
chora
Tudo
ao seu redor é tristeza
Dor
e tormento
Aquele
a quem deu a vida
Agora
morre em seu colo
Ela
inerte
Ele dorme
Ela
chora
Ele não
ouve
Suas
lágrimas molham o rosto
Do filho
Somente
ela pode sofrer
Dor
tão intensa
Somente
ele pode dormir
Tão
docemente
Ela
seguirá vivendo
Ele
renascerá na lembrança solitária
Em noites vazias
Numa
espera sem volta
Na saudade
Encontrará
alento
Sua
imensa dor se confundirá com o amor
De
quem pariu e perdeu
Parte
do corpo e da alma
No
instante da morte
A
mutilada vida segue
Cambaleante
e firme
Rumo
a um destino
De
mãe que viu morrer o filho.
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