(por) Edison Borba
O relógio marca três horas de um
novo dia. Porém, eu continuo vivendo o que seria ontem, num processo de
“esticamento” do hoje, que ainda não se consolidou, sem conseguir chegar no
amanhã. Estou na madrugada de domingo pelo tempo do calendário, mas como ainda
não consegui dormir, estou sob o ritmo do sábado. Não entrei conscientemente no
domingo, logo a minha segunda-feira tardará a chegar. Tempo, tempo, tempo que
tempo? Matematicamente as agendas nos apontam numericamente um tempo, mas o meu
corpo, o meu cérebro, as minhas vontades e sonhos vagam num turbilhão em que o
hoje é o ontem que ainda não terminou.
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