ESPERAR 50 ANOS! SERÁ?

Desde 1968, quando iniciei meu trabalho como professor, vi muitos Ministros e Secretários de Educação, assumirem as cadeiras Federais, Estaduais e Municipais da educação. A cada mudança de “ser humano” investido no poder para comandar a EDUCAÇÃO surgiam novas regras, novas leis, novas propostas para o ensino. Formação de equipes e “ideias ??!!” Pedagógicas ditas reveladoras e salvadoras eram anunciadas e algumas vezes aplicadas. É claro, que nestes 50 anos, seria impossível que não tenha havido mudanças para melhor. Porém, pelo tempo e pelo números de pessoas Doutoradas em Educação que em todos esses anos tiveram o poder nas mãos, o que se tem hoje é muito pouco para um País como o Brasil. Os professores continuam sem condições de exercer suas atividades de forma digna, salários precários, prédios escolares em condições de total miséria, crises que envolvem o dinheiro da merenda, dos uniformes, do material escolar. O analfabetismo ainda é uma praga nacional o abandono escolar não foi resolvido e, apesar de se fazer alarde com tecnologia, ainda temos um quadro bastante sério na formação de mão de obra bem qualificada para suprir o mercado de trabalho. Enquanto continuamos parados no tempo “especialistas” discutem se nosso ensino dever ser “isso” ou “aquilo”, se as escolas devem ensinar “assim” ou “assado”. Pessoas que nunca estiveram à frente de crianças e jovens, isto é, de alunos, são as que “falam” sobre ensino. Estamos diante de novos Secretários, pelo menos nas áreas do Federal e Estadual. Nomes são divulgados e currículos são publicados. Agora, só nos resta esperar por mais 50 anos. Será?

Edison Borba