Durante os períodos eleitorais no
Brasil, seja para indicação de prefeitos, vereadores, senadores, governadores,
deputados e até presidentes, o tema educação passa a ser uma constante. Todos,
sem exceção, colocam a educação como sendo uma prioridade de mandato. Enaltecem
os professores e apontam saídas e verbas jurando que salvarão a educação.
Estamos chegando ao final de 2018, vendo o mundo se transformar numa aldeia
global, com a tecnologia tomando conta de quase tudo que existe na sociedade,
porém em relação à nossa educação continuamos vivendo de sonhos. Em 2014, um
menino do interior do Piauí, deu a seguinte declaração: ““Minha escola não tem luz, nem
ventilador e nem parede. O barulho fica
atrapalhando, quando passa um carro na estrada e uma moto, chama a atenção do
aluno, aí não é bom não!”. Outra criança nos deu o seguinte recado: “Sem
caderno, não faz lição, sem lápis, não faz lição e sem lição não tem futuro” –
palavras de um brasileirinho de São Paulo. Ambos foram entrevistados por
jornalistas de uma famosa rede de televisão brasileira, em março de 2014. Passados
quatro anos, a situação é de lamentações. Há municípios com os salários dos
professores em atraso, creches fechadas, equipes de limpeza, também paradas por
falta de pagamento. Escolas em prédios decadentes, sem segurança em todos os
sentidos. Escolas com a merenda inadequada e outras nas quais os materiais
escolares e uniformes não chegaram. Vivemos de sonhos e de maquiagem. Vez por
outra, alunos esforçados, sob a orientação de professores heróis, se destacam
em algum tipo de atividade e surgem nas páginas de jornais e revistas como
modelos da nossa educação. Nesta hora, surge uma outra questão, a hipocrisia.
Esses vencedores são apresentados como modelos das nossa educação.
Realmente, vivemos de sonhos!
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