segunda-feira, 12 de novembro de 2018

POR QUE NÃO?









POR QUE NÃO? (de) Edison Borba


Um
violinista, que se exibia  numa  rua da cidade do Rio de Janeiro,  quando perguntado por um repórter por que
mostrava a sua arte naquele local, ele simplesmente respondeu: “por que não?”


Que
maravilha de resposta!


Por
que não dar ao povo o direito a brioches, pão, manteiga, caviar, música popular
e erudita? Os sentidos humanos são os mesmos independentemente da classe social
e do salário. Empresários e operários sentem prazer e dor  a partir dos mesmos sensores. As variáveis são
produzidas pelas organizações genéticas e principalmente pela ação do meio
ambiente.


Educação,
oportunidades, direitos e deveres deveriam ser  constitucionalmente  respeitados. Como saber o prazer de ouvir um
concerto sinfônico se o acesso aos teatros é restrito a um grupo de maior poder
aquisitivo?


Como
saber da importância de uma obra de arte, se não se faz educação voltada para
passeios aos museus?


Como
valorizar as bibliotecas, se a maioria dos livros, fica num patamar distante do
povo e não estimulamos nossas crianças e jovens à leitura?


Como
desenvolver no povo o respeito e o gosto por boa música, boas representações
teatrais, visita às casas de cultura e bibliotecas, se não se investe em
educação e cultura o que realmente deveria ser aplicado.


A
arte popular explode nas esquinas, através de diversas manifestações musicais e
artísticas, porém o desvirtuamento, do que poderia ser aprimorado, se perde
pela pouca informação e incentivo aos bons espetáculos e livros..


E
por que não? Que maravilha de reflexão!


Podemos
expandir essa questão para diversos outros campos, e questionarmos:


Por
que as verbas dedicadas à educação e cultura não chegam ao destino correto?


Por
que ainda existem tantos analfabetos no Brasil?


Por
que tantas escolas funcionam precariamente?


Por
que os professores são tão esquecidos pelos governos?


Por
que os meios de comunicação, não dedicam mais tempo para divulgação de arte e
cultura de boa qualidade?


Por
que alguns empresários ainda investem em projetos educacionais, sociais e
culturais?


Por
que os grandes brasileiros, aqueles que se destacam na educação, cultura, arte
e pesquisa não são expostos pela nossa imprensa, para servirem de modelo às
nossas crianças e jovens.


E
por que não? Que beleza de reflexão!


 


 






 


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