Desde
o mês de janeiro diversas classes
trabalhadoras, estudantis ou sociais estão usando o mecanismo da greve para fazer valer dos seus direitos.
Até
o presente momento (agosto), brasileiros insatisfeitos com suas situações
paralisaram suas atividades, organizaram passeatas, comícios, manifestações
públicas, interromperam as ruas entre outras manifestações.
A
greve é um tipo de ação democrática, usada sempre que as negociações se
esgotam. Num país civilizado e verdadeiramente democrático, os movimentos
grevistas deveriam ser raridade. Quando um povo usa esse tipo de luta para
fazer valer a sua voz, algo de ruim está acontecendo.
Impossível
acreditar que exista equilíbrio social e financeiro numa sociedade em que
professores de diversos níveis, estão paralisados há vários meses. Que caminhoneiros
interditaram estradas por muitos dias, causando graves problemas no
abastecimento das cidades. Policiais fazem
movimento nos aeroportos, ruas e avenidas acenando para a sua situação financeira
e social.
Profissionais
da saúde deixam de atender pacientes para chamar a atenção da precariedade em
que estão trabalhando. Há risco para a vida dos doentes e também dos que
trabalham nos hospitais, que funcionam sem as mínimas condições de higiene.
Servidores públicos fazem assembleia e decidem parar suas atividades.
Em
todos os estados, existe alguma categoria em greve, ou se organizando para usar
esse mecanismo, para chamar a atenção sobre seus direitos.
Meu
país está em greve! Esse movimento está acontecendo de maneira seguida, onde as
greves se interligam numa cadeia interminável.
O
que realmente está existindo nas entrelinhas da nossa política?
Várias
CPIS acontecem numa enorme cachoeira de escândalos envolvendo figuras proeminentes
da nossa sociedade.
O
julgamento dos envolvidos no escândalo do “mensalão” deixa a sociedade
estarrecida com o tamanho do desvio financeiro. A cada sessão surgem mais nomes
numa teia de corrupção, deixando claro, a existência de quadrilha atuando nas bancadas partidárias.
A
greve é o meu país, que busca de maneira democrática, respostas para tantos
desmandos.
Cobertos
pela Bandeira Olímpica, que chegou ao Brasil, encontra-se um povo que busca
soluções e respostas para muitas situações graves que assolam o país.
Chega
de impunidade! Chega de uso inadequado do dinheiro do povo! Chega de discursos
vazios e de hospitais lotados e escolas abandonadas! Chega! Basta!
Não
queremos um país em greve, queremos um país que saiba respeitar àqueles que trabalham
para manter essa pátria respeitada pelas demais Nações.
Edison
Borba
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