terça-feira, 14 de agosto de 2012

A GREVE É O MEU PAÍS

Desde o mês de janeiro  diversas classes trabalhadoras, estudantis ou sociais estão usando o mecanismo da greve  para fazer valer dos seus direitos.
Até o presente momento (agosto), brasileiros insatisfeitos com suas situações paralisaram suas atividades, organizaram passeatas, comícios, manifestações públicas, interromperam as ruas entre outras manifestações.
A greve é um tipo de ação democrática, usada sempre que as negociações se esgotam. Num país civilizado e verdadeiramente democrático, os movimentos grevistas deveriam ser raridade. Quando um povo usa esse tipo de luta para fazer valer a sua voz, algo de ruim está acontecendo.
Impossível acreditar que exista equilíbrio social e financeiro numa sociedade em que professores de diversos níveis, estão paralisados há vários meses. Que caminhoneiros interditaram estradas por muitos dias, causando graves problemas no abastecimento das cidades.  Policiais fazem movimento nos aeroportos, ruas e avenidas acenando para a sua situação financeira e social.
Profissionais da saúde deixam de atender pacientes para chamar a atenção da precariedade em que estão trabalhando. Há risco para a vida dos doentes e também dos que trabalham nos hospitais, que funcionam  sem as mínimas condições de higiene. Servidores públicos fazem assembleia e decidem parar suas atividades.
Em todos os estados, existe alguma categoria em greve, ou se organizando para usar esse mecanismo, para chamar a atenção sobre seus direitos.
Meu país está em greve! Esse movimento está acontecendo de maneira seguida, onde as greves se interligam numa cadeia interminável.
O que realmente está existindo nas entrelinhas da nossa política?
Várias CPIS acontecem numa enorme cachoeira de escândalos envolvendo figuras proeminentes da nossa sociedade.
O julgamento dos envolvidos no escândalo do “mensalão” deixa a sociedade estarrecida com o tamanho do desvio financeiro. A cada sessão surgem mais nomes numa teia de corrupção, deixando claro, a existência de  quadrilha atuando nas bancadas partidárias.
A greve é o meu país, que busca de maneira democrática, respostas para tantos desmandos.
Cobertos pela Bandeira Olímpica, que chegou ao Brasil, encontra-se um povo que busca soluções e respostas para muitas situações graves que assolam o país.
Chega de impunidade! Chega de uso inadequado do dinheiro do povo! Chega de discursos vazios e de hospitais lotados e escolas abandonadas! Chega! Basta!
Não queremos um país em greve, queremos um país que saiba respeitar àqueles que trabalham para manter essa pátria respeitada pelas demais Nações.
Edison Borba




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