segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

ALGUÉM TEM QUE FAZER





– por – Edison Borba
Neste período de festas, é comum assistirmos nossos amigos da Imprensa, apresentarem matérias entrevistando profissionais que precisam estar de plantão em seus locais de trabalho, nas noites de Natal e de Ano Novo. Jornalistas “inocentes” e de pouco conhecimento do que significa equilíbrio social, perguntarem a um médico, ou bombeiro ou a uma enfermeira a um motorista e também a um maquinista, entre outros tipos de profissionais, que  reações eles sentem por não estrarem com suas famílias em momentos tradicionais? Questionamentos, que levam o trabalhador, a não ter orgulho de produzir, mas a mágoa de estar atuando enquanto outros se divertem. Essas entrevistas são perigosas e de forma indireta podem provocar rancor no profissional.
É fato que alguém tem que fazer o mundo “andar”! Como imaginar uma delegacia de polícia fechada na noite de Natal. Não consigo imaginar uma Equipe Médica e mais  Enfermeiros, fecharem UTIs para comparecerem a uma ceia! E os motoristas e maquinistas entre profissionais que precisam manter a locomoção dos habitantes de uma cidade, abandonarem seus postos para assistirem a “queima de fogos em Copacabana.
A educação profissional tem que estar intimamente relacionada com a educação emocional que por sua vez deve estar em sintonia com ética e o cumprimento do dever.
É muito importante que se desenvolva a consciência profissional como um ato de prazer. Ser responsável para com o cumprimento das nossas obrigações também leva a felicidade. Não podemos imaginar uma  festa alegre e feliz, tendo como participantes, profissionais que deixaram suas tarefas a descoberto e até vidas em risco!
Caros amigos da Imprensa, cuidado com as suas matérias. Não esqueçam que uma sociedade não para nunca e que alguém tem sempre que fazer!

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