sábado, 29 de dezembro de 2018

AS MARCAS QUE CARREGAMOS


(por) Edison Borba

 
Não se preocupe, caro leitor, não falarei das rugas, as nossas marcas da vida. Vamos pensar sobre outras marcas, aquelas que adquirimos nas lojas e shoppings e para as quais pagamos caro e nos endividamos. Essas  marcas que nos cobrem dos pés à cabeça e que tanto importam para uma parte da sociedade. Atualmente somos o que vestimos ou melhor, usamos: relógios, camisetas, celulares, fones, tênis e outros produtos. São eles que irão nos classificar e  permitir estar bem na fita e sermos aceitos pelo grupo do “whatsap”.  Quantas marcas teremos que usar para sermos notados? Quem somos nós neste supérfluo mundo das etiquetas? Importante lembrar que as “marcas” sempre existiram e que, nós sempre fomos influenciados por elas. Não se trata dos anos atuais, talvez a diferença esteja na globalização. A mídia, nossa grande “mãe”, empoderou-se e está exercendo seu  poder sobre nós. Até o nosso corpo físico está sendo atingido por esta onda que invadiu as academias, onde não é a saúde que conta, mas as formas que estão na moda. Que digam os silicones e outros produtos injetados nos lábios, coxas, bumbuns padronizando a espécie humana, transformando-a em robôs. A situação torna-se preocupante, quando vemos representantes religiosos preocupados com as marcas que usarão nos templos onde falarão para os fiéis sobre a palavra de Deus.  
Não podemos dispensar produtos, que são importantes para a nossa sobrevivência, o que questionamos é a forma de usá-los. A racionalidade condição humana desenvolvida em milhares de anos, é a qualidade que nos diferencia neste planeta. Consumir é preciso, mas com parcimônia e cuidado para não nos perdermos no mágico mundo das marcas e etiquetas.

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