Não se preocupe, caro leitor, não falarei das rugas, as
nossas marcas da vida. Vamos pensar sobre outras marcas, aquelas que adquirimos
nas lojas e shoppings e para as quais pagamos caro e nos endividamos. Essas marcas que nos cobrem dos pés à cabeça e que
tanto importam para uma parte da sociedade. Atualmente somos o que vestimos ou
melhor, usamos: relógios, camisetas, celulares, fones, tênis e outros produtos.
São eles que irão nos classificar e
permitir estar bem na fita e sermos aceitos pelo grupo do
“whatsap”. Quantas marcas teremos que
usar para sermos notados? Quem somos nós neste supérfluo mundo das etiquetas?
Importante lembrar que as “marcas” sempre existiram e que, nós sempre fomos
influenciados por elas. Não se trata dos anos atuais, talvez a diferença esteja
na globalização. A mídia, nossa grande “mãe”, empoderou-se e está exercendo seu
poder sobre nós. Até o nosso corpo
físico está sendo atingido por esta onda que invadiu as academias, onde não é a
saúde que conta, mas as formas que estão na moda. Que digam os silicones e
outros produtos injetados nos lábios, coxas, bumbuns padronizando a espécie
humana, transformando-a em robôs. A situação torna-se preocupante, quando vemos
representantes religiosos preocupados com as marcas que usarão nos templos onde
falarão para os fiéis sobre a palavra de Deus.
Não podemos dispensar produtos, que são importantes para a
nossa sobrevivência, o que questionamos é a forma de usá-los. A racionalidade
condição humana desenvolvida em milhares de anos, é a qualidade que nos diferencia
neste planeta. Consumir é preciso, mas com parcimônia e cuidado para não nos
perdermos no mágico mundo das marcas e etiquetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário