Faz anos que o Brasil
vem sofrendo como um navio em oceano de águas revoltas. Os passageiros da
embarcação, ora são jogados para um lado, outras vezes são impelidos para o
outro lado. Aliás, neste jogo, não há distinção entre os dois lados, são apenas
“lados”.
Alguns passageiros,
assustados, agarram-se nas tábuas de salvação mais próximas. Outros
passageiros, oscilam de um lado para o outro sem saber onde e como se agarrar.
Na luta pela sobrevivência, algumas pessoas se agridem, afirmando que o navio
está sendo levado para um naufrágio pela culpa de quem está do outro lado. Mas,
que lado? O bombordo ou o estibordo? Durante uma tempestade não existe um lado
mais seguro, todos estão no mesmo barco à deriva na tempestade.
Porém, existem alguns
que estão na popa e na proa. Provavelmente os mais privilegiados, que
acreditam: “quando afundar, nós vamos nos salvar!”
Como é triste,
acompanharmos os passageiros se culpando!!! Alguns, correm para os tripulantes, em busca
dar um “jeitinho”, para conseguir um bote salva-vidas. Outros empurram para o oceano, companheiros que estão
do mesmo lado, para fazer o navio ficar mais leve. Nessa hora, como dizia vovó:
“farinha pouca meu pirão primeiro”.
Enquanto isso os da
proa e os da popa, fechados em suas cabines, aproveitam o balanço das ondas para
curtirem a viagem, com muito uísque e aperitivos, afinal eles precisam relaxar!
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