Todos os dias os noticiários
apresentam através de material jornalístico a situação dos hospitais no Brasil.
Este tipo de notícia não causa mais impacto na população. De tanto conviver com
a sombra da morte hospitalar, já nos acostumamos a ver pacientes deitados no
chão dos corredores, falta de médicos, higiene precária, doentes aguardando
dias nas filas de espera, consultas marcadas numa escala de meses. Pessoas sendo
tratadas como animais fazem parte da loucura que se apossou dos hospitais públicos brasileiros. Os
profissionais da saúde obrigados a trabalhar em circunstâncias de guerra. O número
de pacientes que procuram atendimento médico diariamente na rede pública
hospitalar no Brasil equivale aos atendidos nos conflitos em diversos países
pelo mundo. Vivemos uma guerra urbana!
Os telejornais do dia 29 de julho de
2014 mostraram uma médica descontrolada agredindo um paciente e se negando a
atender uma mulher trazida pelos soldados bombeiros. Apesar da cena chocante,
em que a morte protagonizou a história, a doutora desabafou: “estou sozinha
para atender a mais de trinta pacientes”.
Será que esta situação, poderá
justificar o desequilíbrio da profissional? Acredito ser estressante alguém ser
responsável pelo atendimento de tamanho número de doentes.
De norte a sul do Brasil, as cenas se
repetem e absolutamente nada é feito para minorar a situação. O projeto “mais
médicos” não solucionou um problema crônico e nem curou as mazelas da saúde dos
hospitais públicos no Brasil. Quem pode paga alto pelos planos de saúde, quem não
possui condições financeiras para arcar com este ônus, terá que se contentar em
viver a sombra da morte.
Edison Borba
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