quarta-feira, 1 de novembro de 2017

CONTABILIZANDO A MORTE


PONTO DE VISTA
Por Edison Borba
Mais um dia, 30 de outubro, de ação terrorista nos Estados Unidos, contabilizou sete mortes e diversos feridos. Diante de um fato como esse o mundo volta seu olhar para tão terrível cena. Aqui no Rio de Janeiro, apenas em 2017, já morreram mais de cem policiais e quanto aos civis, entre homens, mulheres e crianças, já perdemos a conta.
São dois tipos de terrorismo, e são duas formas de contabilizar a morte. O terror em... outros países causa perplexidade ao mundo, porque a as mortes acontecem em função de uma ação única, num determinado tempo, num determinado local. Aqui no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, o terrorismo é diário. Ao final de cada semana, são contabilizados os mortos. É um fenômeno que acontece homeopaticamente, gota à gota, dia após dia de tal forma que já nem prestamos mais a atenção nos nomes dos mortos. Nós os vemos, no café da manhã, nos noticiários da hora do almoço, no lanche e no jantar; em todos esses momentos nos são servidos pratos “mortos” vítimas do terrorismo diário que nos acompanha.
Contabilizar a morte! Uma função assustadora, porém, no Brasil, acontece tranquilamente num processo que nos faz crer, que terrorismo só acontece em outros países. Aqui? Aqui temos paz, uma paz manchada de sangue.
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