terça-feira, 7 de novembro de 2017

PEDAGOGIA DO CRIME

(por) Edison Borba
Não adianta tentar esconder os fatos: fotos e depoimentos estão expondo um número cada vez maior de meninos como soldados do tráfico. Crianças cuja altura é quase a do fuzil, que tentam equilibrar no ombro. Posam com orgulho de pertencerem ao grupo que domina a sua comunidade. À medida que ignoramos a existência destas minorias e fechamos os olhos para a sua existência, a tendência é que ela se fortaleça, cresça e se estabeleça.
Este fenômeno está presente no Brasil! Meninos, não só das metrópoles, mas de pequenas cidades do interior, estão sendo alistados num exército de soldados do tráfico. Eles não existem para as escolas e nem para os educadores, recebem treinamento que segue a uma ideologia, que tem organização metodológica e subdivisão de tarefas, que possibilita ao menino um ascensão dentro do grupo.
Caderno, lápis e fuzil um conjunto escolar que cresce, cada vez mais, diante dos nossos olhos que permanecem fechados para essa terrível pedagogia do crime.
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