quinta-feira, 16 de novembro de 2017

“PEQUENINOS” (??) ATOS DE PRECONCEITO -

(por) Edison Borba.
Em nosso dia a dia, nos habituamos a ouvir e até mesmo deixar sair de nossa boca, pequeninos (grandes) atos de preconceito. Observações como: ela é quase da família. Ao se referir a uma empregada doméstica que já trabalha há muitos anos em nossa casa. Tem coisa mais preconceituosa do que ser “quase”?
Existe uma outra observação digna de nota, como “ela é tão bonitinha, mas é gordinha”. Aliás temos que ter cuidado ...com o uso do diminutivo, que pode servir para humilhar e segregar.
Fiz um curso, no qual uma colega fazia questão de nos afirmar e informar que ela não tinha preconceito com nada e nem com ninguém. Pasmem, ela tinha ATÉ amigos gays! Sem palavras!
E as religiões? Só invocando Deus, para silenciar as línguas que profanam com observações maledicentes às crenças que não são as suas.
E assim, devagarinho com o coração cheio de “carinho”, vamos divulgando, mais e mais, o preconceito que habita em nós. Esse tipo de situação chega a ser mais cruel do que aquela que é visível, clara e direta que nos permite chamar a polícia, invocar as Leis e punir quem ainda se “acha”.
Portanto, precisamos ter cautela com o que pensamos e verbalizamos, os “pequeninos” atos preconceituosos são raízes que se aprofundam, crescem em árvores, dão frutos e sementes que continuam a perpetuar atos tão infames.
Lamentável!
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