segunda-feira, 4 de março de 2019

A PRESENÇA FEMININA NAS ESCOLAS DE SAMBA


(por) Edison Borba



As Escolas de Samba e o próprio samba não sobreviveriam sem a presença do feminino. Não apenas a presença física, mas a inspiração, o trabalho, a organização e harmonia, que ficam garantidos pela força da mulher. Antes, durante e depois do carnaval elas garantem a sobrevivência das Agremiações. As costureiras, as aderecistas, as bordadeiras e até as cozinheiras garantem a vida nos barracões. Na avenida elas são as passistas, as rainhas, as ritmistas, as musas, as madrinhas e as princesas. Elas também estão na velha guarda ou compondo sambas garantindo que a história não se perca e passe para as futuras gerações. Famosas ou das comunidades elas sutilmente se impuseram como indispensáveis. Suas vozes, como cantoras, chegaram para equilibrar a harmonia do samba, que nos terreiros, nas quadras e na avenida sempre abre espaço sem preconceitos e, hoje as “trans” fazem parte das Escolas de Samba, onde cantam e dançam mostrando que existem e precisam ser respeitadas. E nesse mundo feminino, a “porta bandeira” é o símbolo da delicadeza, sendo comparadas aos cisnes, pela leveza com que dançam defendendo o seu pavilhão. Porém, as baianas, são de uma beleza inigualável. Elas são as raízes! Cada uma, é parte da história do samba. Elas giram, elas rodam, elas rodopiam com suas saias rendadas nos propiciando, talvez, um dos mais belos espetáculos visuais do mundo.
Que venham as Escolas de Samba, que venham as mulheres trazendo a sua força e garra numa demonstração do valor do feminino para o equilíbrio da nossa sociedade!

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