(por) Edison Borba
As Escolas de Samba e o
próprio samba não sobreviveriam sem a presença do feminino. Não apenas a
presença física, mas a inspiração, o trabalho, a organização e harmonia, que
ficam garantidos pela força da mulher. Antes, durante e depois do carnaval elas
garantem a sobrevivência das Agremiações. As costureiras, as aderecistas, as
bordadeiras e até as cozinheiras garantem a vida nos barracões. Na avenida elas
são as passistas, as rainhas, as ritmistas, as musas, as madrinhas e as
princesas. Elas também estão na velha guarda ou compondo sambas garantindo que
a história não se perca e passe para as futuras gerações. Famosas ou das
comunidades elas sutilmente se impuseram como indispensáveis. Suas vozes, como
cantoras, chegaram para equilibrar a harmonia do samba, que nos terreiros, nas
quadras e na avenida sempre abre espaço sem preconceitos e, hoje as “trans”
fazem parte das Escolas de Samba, onde cantam e dançam mostrando que existem e
precisam ser respeitadas. E nesse mundo feminino, a “porta bandeira” é o
símbolo da delicadeza, sendo comparadas aos cisnes, pela leveza com que dançam
defendendo o seu pavilhão. Porém, as baianas, são de uma beleza inigualável.
Elas são as raízes! Cada uma, é parte da história do samba. Elas giram, elas
rodam, elas rodopiam com suas saias rendadas nos propiciando, talvez, um dos
mais belos espetáculos visuais do mundo.
Que venham as Escolas de
Samba, que venham as mulheres trazendo a sua força e garra numa demonstração do
valor do feminino para o equilíbrio da nossa sociedade!
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