(por) Edison Borba
Cinzas
da quarta – feira do carnaval que passou
Voltar
à realidade e olhar a própria imagem
Desnuda
frente ao espelho.
Fantasias
rasgadas, feita em pedaços, no chão
Foi o
que restou das alegrias que só existiram três dias
Cantei,
dancei fui feliz
Mostrando
meu rosto sem medo, no meio da multidão.
Sem as
máscaras sociais, enfrentei a agonia.
Sem
esconder minha face, fingi ser só alegria.
Apenas
o carnaval me permite ter enredo
E transformar
vida pobre em alegre poesia
Quando
acaba a folia mergulho em abismo profundo
Volto
a realidade do meu triste e apagado mundo
Não
consigo lastimar. Apenas vou recordar
Os
tamborins, os tambores e mil vozes a cantar
Em
minha solitária mente, faço ser carnaval novamente.
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