(por) Edison Borba
Passada a orgia propagandista, os eleitores
juramentados que foram às urnas para “sufragear” o novo Odorico e seus
assistentes, terão quatros anos para vivenciar muitos entretantos e finalmentes, tudo através da nova mania comunicativa, a “internet”. Durante esse tempo o povo se
contentará com a inauguração de alguns monumentos e cemitérios e baterá palmas
ouvindo os “discursistas palanqueados”, arrotando bravatas. E assim a vida
seguirá com mais Cajazeiras suspirando pelos corredores palacianos enquanto
alguns jornalistas tentarão denunciar o dinheiro que sairá dos cofres públicos
através de algumas cuecas politicamente incorretas. A natureza, através de suas
ações chuvosas se encarregará de encomendar desastres para dar ocupação aos
discursistas que poderão planejar a inauguração de mais cemitérios. E assim de
quatro em quatro, com povão na mesma posição, isto é, pagando o pato continuará
nas filas dos hospitais, tendo febre pela dengue, mas mantendo firme o
propósito de sobreviver.
Saindo dos entretantos e partindo para
os finalmentes, desde que a república chegou a essa Terra, não existem muitas
novidades palacianas. Pais passam seus poderes aos filhos e até aos netos. Neste
reinado, existe uma novidade, o rei tenta chegar aos finalmentes mas seus bebês
interferem com os entretantos. Mas, o blá blá blá se repete e como já estamos
acostumados, queimamos pneus e pedimos justiça.
Após o final do campeonato brasileiro
de futebol, os reality shows continuarão a ocupar os espaços televisivos.
Chegarão às festas de final do ano e nas praias jogaremos flores ao mar. Com
fantasias e máscaras faremos o maior carnaval do mundo acontecer, com suas
musas maravilhosas desfilando silicones na avenida. E assim caminha a
humanidade brasileira com “passos de formiga e sem vontade”.
O povo é legal e cumpre as regras. Sem
coletes à prova de balas já aprendeu e se desviar das balas perdidas e
agradecer a Deus pela saúde do patrão e esquecer o nome dos candidatos, que
desta forma se sentem livres para trabalhar, negociar e continuar a vender a
alma ao diabo, pois somente eles (os nossos eleitos) sabem como transformar a
nossa vida num inferno. Viva Odorico Baraguassu!
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