segunda-feira, 25 de março de 2019

OS VERDADEIROS ODORICOS

(por) Edison Borba




















Passada a orgia propagandista, os eleitores juramentados que foram às urnas para “sufragear” o novo Odorico e seus assistentes, terão quatros anos para vivenciar muitos entretantos e finalmentes, tudo através da nova mania comunicativa, a “internet”. Durante esse tempo o povo se contentará com a inauguração de alguns monumentos e cemitérios e baterá palmas ouvindo os “discursistas palanqueados”, arrotando bravatas. E assim a vida seguirá com mais Cajazeiras suspirando pelos corredores palacianos enquanto alguns jornalistas tentarão denunciar o dinheiro que sairá dos cofres públicos através de algumas cuecas politicamente incorretas. A natureza, através de suas ações chuvosas se encarregará de encomendar desastres para dar ocupação aos discursistas que poderão planejar a inauguração de mais cemitérios. E assim de quatro em quatro, com povão na mesma posição, isto é, pagando o pato continuará nas filas dos hospitais, tendo febre pela dengue, mas mantendo firme o propósito de sobreviver.
Saindo dos entretantos e partindo para os finalmentes, desde que a república chegou a essa Terra, não existem muitas novidades palacianas. Pais passam seus poderes aos filhos e até aos netos. Neste reinado, existe uma novidade, o rei tenta chegar aos finalmentes mas seus bebês interferem com os entretantos. Mas, o blá blá blá se repete e como já estamos acostumados, queimamos pneus e pedimos justiça.
Após o final do campeonato brasileiro de futebol, os reality shows continuarão a ocupar os espaços televisivos. Chegarão às festas de final do ano e nas praias jogaremos flores ao mar. Com fantasias e máscaras faremos o maior carnaval do mundo acontecer, com suas musas maravilhosas desfilando silicones na avenida. E assim caminha a humanidade brasileira com “passos de formiga e sem vontade”.
O povo é legal e cumpre as regras. Sem coletes à prova de balas já aprendeu e se desviar das balas perdidas e agradecer a Deus pela saúde do patrão e esquecer o nome dos candidatos, que desta forma se sentem livres para trabalhar, negociar e continuar a vender a alma ao diabo, pois somente eles (os nossos eleitos) sabem como transformar a nossa vida num inferno. Viva Odorico Baraguassu!

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