sexta-feira, 31 de maio de 2019

CINEMAS DE RUA


(por) Edison Borba



Situados nos mais diversos bairros da cidade os cinemas de rua faziam a felicidade da garotada nas “matinês” dos domingos. Filas enormes se formavam nas portas desses cinemas, quando exibiam as chanchadas da Atlântida, filmes musicais brasileiros, que nos faziam rir com Grande Otelo e Oscarito entre outros comediantes. A mocinha Eliana,  só era beijada no final da história. Os galãs Cyl Farney e Anselmo Duarte sempre brigavam numa boite para defender sua “garota”. Cinemas de rua, onde podíamos acompanhar filmes em séries como Tarzam, além dos “far-west” onde os mocinhos brigavam, galopavam e os seus chapéus nunca não saiam de suas cabeças. Cinemas de rua, que nas sessões noturnas abrigavam namorados que podiam comprar doces nos baleiros que vendiam produtos durante a projeção dos filmes. Havia também os lanterninhas que guiavam os espectadores até as poltronas, quando a “fita” já havia começado, neste caso era preciso esperar a sessão seguinte a aguardar até o “pedaço” do filme que estava na tela, quando chegávamos atrasados no cinema. Obrigado cinemas de bairro: inocentes, alegres, calorentos e que nos acolhiam em suas poltronas de madeira nas alegres tardes de domingo.

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