(por) Edison Borba
Houve
tempo que a maior ameaça às famílias, era o ladrão de galinhas.
Aproveitando a distração dos “guardas noturnos”, que circulavam pelas ruas da
cidade, usando apitos para avisarem de sua presença, as “penosas” eram alvos
constantes dos meliantes. Era época que malandro frequentava os botequins,
usava calça branca e quando brigava, era no “mano à mano”. Os grandes roubos
eram apenas retratados pelo cinema ou nas radionovelas e os políticos gozavam
de “alguma” credibilidade. Se havia desvio de verbas, era discretamente e não
chegava ao conhecimento da população. Partido político era igual a time de futebol,
não dava para trocar.
Os
tempos mudaram, a tecnologia sofisticou a nossa vida e também o crime. Hoje os
ladrões são democraticamente eleitos pelo povo e são delicadamente chamados de
corruptos. Outros se fantasiam de milícianos e trocam tiros com os traficantes
à qualquer hora do dia ou da noite. Que saudade dos ladrões de galinha, cujo
objetivo era conseguir para o almoço de domingo, uma galinha, para fazer um
ensopado com batata e comemorar com os amigos, bebendo muita cerveja gelada.
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