(por) Edison
Borba
Em
todo mundo existe um grupo de homens, mulheres e até crianças que dificilmente
serão indicados para receber algum prêmio Seus rostos não são vistos em capas
de revistas e suas caras “não dão as caras” na ilha da fantasia. Não aparecem
nos rótulos dos produtos de beleza e de limpeza. São os famosos sem nome. São
os sustentáculos, os alicerces os donos de cenas, nem sempre boas de se ver. Dificilmente
conseguimos saber suas identidades. Eles trabalham em silêncio. Nas grandes tragédias,
aparecem ao longe, complementando a paisagem, como aconteceu há poucos meses em
Brumadinho. Alguns, vez por outra, roubam à cena e causam impacto, como a
mulher que pilotou o helicóptero no salvamento de uma vítima da explosão da
barragem em MG. Às vezes aparecem resgatando um cãozinho que caiu num rio ou
cuidando de uma criança abandonada. Minha homenagem aos grandes trabalhadores
da arte de representar a vida como ela é. Sem eles algumas tragédias seriam bem
mais graves, como a professora que morreu salvando seus alunos de um incêndio. Aplausos
muitos aplausos para esses grandes astros e estrelas, cujos nomes esquecemos, e
que sutilmente deixam suas marcas nas grandes obras da dramaturgia da vida.
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