quinta-feira, 16 de maio de 2019

POR QUE ELAS SÃO ASSASSINADAS?


(por) Edison Borba





Diariamente o número de mulheres violentadas por seus companheiros e ex companheiros, vem sendo notificados pela imprensa. Não adianta ficarmos analisando se hoje existe mais divulgação do que no passado. O importante é tentarmos entender o que acontece e atacarmos o problema em sua raiz. A Lei Maria da Penha, trouxe um pouco de alívio ao problema, dando às vítimas mais condições de defesa, porém a base da questão continua sem solução. Em minhas “divagações” no mundo da Genética, penso que o problema envolve genes e educação. Sem dúvida,  a presença do cromossomo Y no genoma masculino, confere ao homem  condições que podemos observar durante os jogos Olímpicos. Os tempos e as marcas são diferentes entre homens e mulheres, levando em conta estruturas musculares e ósseas. Se usarmos a mesma linha de pensamento para o comportamento, o fenômeno “agressividade” se torna mais compreensível. Juntemos a isso a educação masculina, que é muito voltada para o “mando”, o comando e o domínio. Nas casas, entre os familiares vemos os meninos serem incentivados para a “caça”. Nas novelas, nas propagandas, no comércio, na música e para onde olhamos vemos o incentivo à masculinidade exagerada com a supremacia do masculino. A televisão, principalmente as novelas e os programas de auditório,   exageram na figura masculina, que se torna adorada pelas fãs. Os galãs, sem camisa, provocam o  desejo, que  é estimulado pela força e a beleza das academias. Mesmo no século XXI, as “mocinhas” ainda sofrem e muitas  suportam humilhações e até agressões dos belos e fortes mocinhos. Nos celulares, as meninas suspiram pelo homem musculoso, que na realidade não se comportará como um príncipe sonhado por elas, mas como um predador que não admite  perder a sua presa principalmente se for para outro macho. “Se não for minha, não será de mais ninguém”, é a frase do ano! Posso não estar absolutamente certo quanto a essas observações, mas desafio alguém a me desmentir totalmente. As famílias e a própria sociedade constroem e produzem os machos violentos e predadores que matam e violentam, sem demonstrar nenhum arrependimento. Lembrem-se desse pensamento popular que ainda sobrevive nos cérebros das famílias brasileiras: “prendam suas cabras que meus bodes estão soltos”. O meio agindo sobre o material genético é a receita para um barril de pólvora explodir! Infelizmente, o crescimento do feminicídio, só mudará quando as famílias e a sociedade também mudarem a sua forma de educar seus meninos e meninas.

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