(por) Edison Borba
Diariamente
o número de mulheres violentadas por seus companheiros e ex companheiros, vem
sendo notificados pela imprensa. Não adianta ficarmos analisando se hoje existe
mais divulgação do que no passado. O importante é tentarmos entender o que
acontece e atacarmos o problema em sua raiz. A Lei Maria da Penha, trouxe um
pouco de alívio ao problema, dando às vítimas mais condições de defesa, porém a
base da questão continua sem solução. Em minhas “divagações” no mundo da
Genética, penso que o problema envolve genes e educação. Sem dúvida, a presença do cromossomo Y no genoma masculino,
confere ao homem condições que podemos
observar durante os jogos Olímpicos. Os tempos e as marcas são diferentes entre
homens e mulheres, levando em conta estruturas musculares e ósseas. Se usarmos
a mesma linha de pensamento para o comportamento, o fenômeno “agressividade” se
torna mais compreensível. Juntemos a isso a educação masculina, que é muito
voltada para o “mando”, o comando e o domínio. Nas casas, entre os familiares
vemos os meninos serem incentivados para a “caça”. Nas novelas, nas
propagandas, no comércio, na música e para onde olhamos vemos o incentivo à
masculinidade exagerada com a supremacia do masculino. A televisão,
principalmente as novelas e os programas de auditório, exageram na figura masculina, que se torna
adorada pelas fãs. Os galãs, sem camisa, provocam o desejo, que é estimulado pela força e a beleza das
academias. Mesmo no século XXI, as “mocinhas” ainda sofrem e muitas suportam humilhações e até agressões dos
belos e fortes mocinhos. Nos celulares, as meninas suspiram pelo homem
musculoso, que na realidade não se comportará como um príncipe sonhado por
elas, mas como um predador que não admite
perder a sua presa principalmente se for para outro macho. “Se não for
minha, não será de mais ninguém”, é a frase do ano! Posso não estar
absolutamente certo quanto a essas observações, mas desafio alguém a me
desmentir totalmente. As famílias e a própria sociedade constroem e produzem os
machos violentos e predadores que matam e violentam, sem demonstrar nenhum
arrependimento. Lembrem-se desse pensamento popular que ainda sobrevive nos
cérebros das famílias brasileiras: “prendam suas cabras que meus bodes estão
soltos”. O meio agindo sobre o material genético é a receita para um barril de
pólvora explodir! Infelizmente, o crescimento do feminicídio, só mudará quando
as famílias e a sociedade também mudarem a sua forma de educar seus meninos e
meninas.
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