domingo, 19 de maio de 2019

QUANDO EU ERA ...


(por ) Edison Borba












Quando eu era criança pequena lá em Inhaúma, a garotada ficava feliz quando seus pais chegavam em casa trazendo BALAS Juquinha. Infelizmente hoje, o Juquinha quando recebe bala, é tal BALA perdida. Antes do carnaval aconteciam as BATALHAS de confete. Uma, muito concorrida pelas famílias do meu bairro, era a da Praça 14 de Outubro, em frente à Igreja de São Thiago. Tinha até BANDA tocando no coreto. Hoje as batalhas são entre milicianos e traficantes envolvendo os policiais e a banda deu lugar aos BANDOS de bandidos que aterrorizam as comunidades que já foram BAIRROS. Os policias eram queridos por todos os moradores e apelidados de COSME  e DAMIÃO, pois bastavam apenas dois, para nos dar segurança. Nossas escolas não tinham aparelhos de ar condicionado, mas recebiam (na Barão de Macaúbas e na Ceará – Escolas Municipais) mensalmente a visita do ônibus da saúde. Os médicos examinavam os alunos e até dentistas faziam parte da equipe. Tempos bons? Não sei! Não sou saudosista, gosto de tudo que é moderno e que nos facilita à vida. Eu estou diante de um computador, escrevendo um texto que em pouco tempo chegará às mãos de muita gente. Porém, quando penso em sair para passear, tremo de medo,  posso ser assaltado ao chegar no portão do meu prédio.
Viva a bala Juquinha! Saudade das batalhas de confete e aplausos para Cosme e Damião que pertenciam à população e não a nenhuma religião. Gente! Até isso mudou, hoje existem brigas entre religiosos numa disputa de quem é o Deus que nos ilumina. “Tô” com saudade sim!

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