(por )
Edison Borba
Quando eu era criança
pequena lá em Inhaúma, a garotada ficava feliz quando seus pais chegavam em
casa trazendo BALAS Juquinha. Infelizmente hoje, o Juquinha quando recebe bala,
é tal BALA perdida. Antes do carnaval aconteciam as BATALHAS de confete. Uma, muito
concorrida pelas famílias do meu bairro, era a da Praça 14 de Outubro, em
frente à Igreja de São Thiago. Tinha até BANDA tocando no coreto. Hoje as
batalhas são entre milicianos e traficantes envolvendo os policiais e a banda
deu lugar aos BANDOS de bandidos que aterrorizam as comunidades que já foram
BAIRROS. Os policias eram queridos por todos os moradores e apelidados de
COSME e DAMIÃO, pois bastavam apenas
dois, para nos dar segurança. Nossas escolas não tinham aparelhos de ar
condicionado, mas recebiam (na Barão de Macaúbas e na Ceará – Escolas
Municipais) mensalmente a visita do ônibus da saúde. Os médicos examinavam os
alunos e até dentistas faziam parte da equipe. Tempos bons? Não sei! Não sou
saudosista, gosto de tudo que é moderno e que nos facilita à vida. Eu estou
diante de um computador, escrevendo um texto que em pouco tempo chegará às mãos
de muita gente. Porém, quando penso em sair para passear, tremo de medo, posso ser assaltado ao chegar no portão do meu
prédio.
Viva a bala Juquinha!
Saudade das batalhas de confete e aplausos para Cosme e Damião que pertenciam à
população e não a nenhuma religião. Gente! Até isso mudou, hoje existem brigas
entre religiosos numa disputa de quem é o Deus que nos ilumina. “Tô” com
saudade sim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário