sábado, 11 de maio de 2019

UMA MULHER INESQUECÍVEL!









Em 1915, numa cidade do estado do Rio de Janeiro, nasceu uma menina que foi batizada como Conceição, pelo dia do seu nascimento, 8 de dezembro. Conhecida como Zefa pelos familiares e amigos e registrada (depois de adulta) como Hilda, nome que ela mesma escolheu ou simplesmente mamãe, minha mãe.
Sua trajetória neste planeta passou pelas águas do rio Doce, em Cachoeiro do Itapemirim, pelos manguezais de Vitória (ES) onde foi catadora de caranguejo. Operária das fábricas de tecido e de chapinhas, aqui no Rio de Janeiro, ela cresceu entre seus 16 irmãos, dos quais ela era a mais nova.
Dotada de grande facilidade de expressão, mesmo com pouca instrução escolar,  foi a primeira feminista que conheci. Inimiga das injustiças sociais, não aceitava discriminações. Criou seus três filhos sob valores da justiça e dos direitos humanos. Lutou muito por sua família e amigos. Amava e cantava repertório de Dalva de Oliveira. Sempre defendeu os direitos da mulher, “naqueles tempos”, ela já possuía um discurso e atitudes de “empoderamento”
Nasceu e viveu fora do seu tempo! Cedo, adoeceu e morreu! Porém nos deixou um grande legado de sonhos por uma Pátria melhor!
Dona Zefa! Ainda lembro dos seus cantares, enquanto lavava roupa (muitas roupas) e as colocava para secar no varal. Lençóis branquinhos como as nuvens do céu, onde ela está morando.
Mamãe eu peço a sua benção para seus filhos, netos e bisnetos!
******EDISON BORBA

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