por Edison Borba
Quando
eu era criança pequena lá em Inhaúma, mamãe e vovó tinham uma
coleção de sacolas para as compras na feira e no armazém do “seu”
Domingos, um português simpático, marido de dona Brandina. Haviam
diversos tipos de sacolas: mais resistentes para as compras pesadas,
um cestinho de vime, preferencialmente para ovos e verduras. Algumas
eram feitas de retalhos. Lindas! Coloridas como um arco iris! E
também as de pano bordadas por minha mãe!
A
feira acontecia aos domingos nas ruas próximas à Igreja de São
Thiago, que ficava a uma distância considerável da nossa casa.
Mamãe, vovó, meu irmão e eu, cada um de nós tinha a sua sacola!
Meu irmão Cesar, cansado de caregar bolsas de feira, resolveu
construir um carrinho de rolimã. Que invenção fantástica! Ele,
conseguiu transformar as caminhadas até as barracas da feira em um
lindo passeio. Continuávamos a levar as sacolas, para separar as
compras. Frutas, cereais, doces, ovos, frango (vivo) e os demais
produtos necessários, como sabão em barra, anil, goma, cera além
de outras necessidades domésticas. As sacolas eram arrumadas no
carrinho que deslizava suas rodinhas fazendo um lindo barulho pelas
ruas “inhaumenses”.
Nessa
época, a natureza acordava feliz, o tal de plástico ainda não
havia chegado no nosso bairro. Tudo era embrulhado em papel, de
diversos tipos, conforme o produto. As sacolas iam e vinham e duravam
anos, como também os rios, os animais, os lagos e o verde.
Hoje,
dia 26 de junho de 2019, fala-se em proibir as sacolas de plástico,
portanto vamos ter que retroagir no tempo e voltarmos a usar as
sacolas da vovó, o que comprova a tese que nem tudo que é moderno é
bom para o homem e para o seu habitat. Para mantermos o que ainda
restou das belezas que Deus nos deu, o paraíso chamado Terra, vamos
ter que abrir mão de muitos itens e não apenas as sacolas! Temos
que nos EDUCAR!
Vamos
entrar nessa luta?
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